Não tinha visto esta parte.TitvsLivivs Escreveu:Ora, a morte de seres humanos por seres humano causada por uma epidemia de ódio, leva a que a Humanidade fique doente e descoesa, já a crença de que os animais tem uma vida inferior à do Homem, não compromete em nada a coesão da Humanidade. Aliás, é o que ajuda a mantê-la coesa.
Ter a segurança de que, se tiver um acidente não serei preterido por um pombo nas urgências, ajuda a que possa acordar de manhã sem temer que a minha espécie, que é gregária e que funciona como um todo como uma colónia de formigas, se desintegre porque passou a considerar que a vida de um dos seus membros é igual à de qualquer outro animal que não um da sua espécie - aí a colónia desintegra-se tal como se os seus membros se odiassem.
Então aquilo em que não acredita é no bom-senso de avaliação de situações é isso? Respeitar de igual forma ambas as vidas não coloca em perigo a sua posição nas urgências que não são urgências veterinárias. Existem hospitais e hospitais veterinários.
Se acha que a humanidade no seu todo está a ir no bom caminho é lá consigo, mas considerar que isso se deve a considerar as outras espécies como inferiores acho um exagero.
A colónia humana não é coesa (ainda) e pratica actos de discriminação contra si própria. Ricos vs pobres, raças vs raças, nações vs rações, omnívoros vs vegetarianos, etc, por isso não estou a ver a unidade criada pelo desrespeito por espécies inferiores.
Para garantir a sua tranquilidade e assumir um especismo declarado nas seguintes escolhas para salvamento de morte certa teríamos:
Adolf Hitler vs O seu cão (ou outro animal doméstico para fins de companhia a seu cargo) = Adolf Hitler
Um psicopata incontrolável vs 1.000.000 animais = Psicopata
1.000 criminosos de alto grau vs Último casal de uma espécie em vias de extinção = 1.000 criminosos
Isto porque o bom-senso do especismo garante a primazia de todo o ser humano. E isso deixa-o tranquilo e crente na coesão da Raça Humana.
Talvez por não acreditar na raça humana, no seu bom-senso e sentido de justiça, é que se sinta confortável em condicionar o julgamento de situações delicadas através de mecanismos castradores que impeçam devaneios na tomada de decisões. O especismo nas 3 situações acima citadas seria o garante de 3 muito más decisões.