Família de Acolhimento Temporário

[dinodane]

Para mim tem, por isso escrevi "na minha opinião", até sublinhei.

[MariaCaxuxa]

OK

Só tem um senão... as FAT pobres

[dinodane]

É pá, isto no fundo vai da mentalidade de quem acolhe o animal. A ser FAT, quereria pagar a alimentação do animal enquanto ele estivesse comigo. Eu só fui FAT uma vez e acabei por ficar com o bicho...

Basicamente o que não é normal é uma FAT pedir $$ para albergar o animal, mesmo que seja para alimentação. Se o resgatante, responsável pelo bicho se comprometer a facultar a comida leva a ração e os medicamentos que eventualmente sejam necessários para tratar o bicho. Para mim é como receber alguém em casa, eu não peço às minhas visitas para pagarem o almoço e o jantar... faço-me entender?

[MariaCaxuxa]

Com certeza.
Mas não é exactamente uma visita. A alimentação nem fica cara, o problema são as despesas com o vet. Se a sua visita estiver doente, você não vai pagar a despesa do médico, certo?

Eu acho que se se pedir a alimentação, note-se que não é o dinheiro para a alimentação, é a alimentação mesmo, não é nada de mais. Afinal está a tomar conta de um animal que não é seu.

Mas essa é a minha opinião

[LucNun]

Na minha opinião:

FAT: Acolhe o animal até ser adoptado ou por período acordado com quem está a colocar o animal, responsabilizando-se na íntegra pela sua alimentação e eventual tratamento veterinário que o animal esteja a precisar, com a excepção de esterilização programada ou tratamento de doença de que o animal já padecia antes de ser acolhido, estas despesas bem como chip, vacinas e desparasitação cabem a quem se responsabilizou, resgatou, etc.

Tudo o que seja fora disto, para mim já é FAR...

Faltou-lhe dizer "acolhe benevolamente o animal", Dinodane.

Uma FAT trabalha por amor à arte, ou seja: recebe os animais porque gosta de animais e a maneira que encontra, dentro das suas possibilidades, de colaborar na sua protecção, é acolhê-los ma sua casa e tratar deles até que encontrem um lar definitivo ou outra solução para a sua situação, reponsabilizando-se pela sua saúde, alimentação e bem-estar como se fossem animais seus.

Dependendo das suas possibilidades finaceiras, pode pagar tudo do seu bolso ou não, pode até receber uma ajuda monetária para as despesas que tiver de fazer, mas nunca trata nem encara os animais como fontes de rendimento.

Esta tarefa não tem nada a ver com o pet sitting, que é uma actividade económica, uma prestação remunerada de serviços. E esta, por sua vez, também não tem nada a ver com as chamadas FAR, que não passam de uma misturada de contornos imprecisos de ambas as tarefas e que pode dar lugar a muitas confusões e desonestidades, como temos visto.

Grosso modo, o que norteia uma FAT séria e honesta é o amor pelos animais e o desejo de colaborar na sua salvação de situações de risco. E poderemos dizer que a diferença entre uma FAT e uma FAR é que a esta o que importa mais é a retribuição pelo trabalho de receber e tratar desses animais do que os animais em si.

[PonkyII]

Prontes!
ò aqui a foto da fera!!

[dinodane]

É o que eu acho, LucNun.

[MariaCaxuxa]

Ora bolas, não consigo ver!
Quando chegar a casa, depois assusto-me com a fera

[moslie]

Mas quem tem animais seus em casa não devia resguardá-los de animais trazidos do canil ou da rua?
Acho que só seria fat se não tivesse animais meus. Há um risco grande de trazer doenças para os bichos da casa e esses são a quem temos de nos preocupar primeiro.

[LucNun]

Mas quem tem animais seus em casa não devia resguardá-los de animais trazidos do canil ou da rua?
Acho que só seria fat se não tivesse animais meus. Há um risco grande de trazer doenças para os bichos da casa e esses são a quem temos de nos preocupar primeiro.

Claro que tem o dever de salvaguardar os seus próprios animais, e a maioria das FAT fazem-no, por isso é que por vezes é tão difícil encontrar uma para um animal que se sabe não estar nas melhores condições. Mas tudo isso deve ser tratado com bom senso e lealdade, coisas que por vezes faltam de todo nestas situações.

Mas isso já pertence ao campo das regras que há que respeitar de ambos os lados, porque as há. A FAT tem por obrigação considerar proritariamente as reacções de convívio e bem-estar dos seus animais e as condições de alijamento que pode oferecer aos que recebe, e quem lhe pede ajuda tem por obrigação maior não se demitir do futuro do animal que lhe entrega, o que infelizmente também acontece na maior parte dos casos...

[aisd]

Para mim é como receber alguém em casa, eu não peço às minhas visitas para pagarem o almoço e o jantar...

Isto também não é bem assim...
Se albergar uma pessoa, mesmo de família, por muito tempo - pex. para estudar - acho normal que essa pessoa se ofereça para participar nas despesas da casa.
Não quer dizer que se aceite mas é de boa educação que o hóspede (porque aqui já é mais hóspede que visita) se ofereça.
Se não se aceitar a participação é costume compensar com presentes ou outras formas de retribuição (que podem não ser imediatas, nem materiais).

É que uma visita é por pouco tempo, mas quando o tempo se pode alargar até anos...
Além disso, as visitas retribuem-se.
Se sou convidada a jantar em casa de alguém espera-se, naturalmente, que a convide para minha casa.

Com os animais e as FAT convêm ter presente o princípio básico da boa educação : tudo o que se recebe, deve ser retribuído.
Se não, alguém vive "à conta" da generosidade de outrém.

Se eu tivesse um cão em FAT sem dúvida que fazia questão de pagar a sua alimentação e cuidados veternários.
E também fazia questão de libertar a FAT do seu encargo o mais depressa possível - isto significa levar o cão a campanhas, divulgá-lo, entrevistar potenciais adoptantes, etc.
E, mesmo assim, ficaria em dívida para com a FAT.

[LucNun]

Para ser franca, enquanto FAT nunca me passou pela cabeça ficar credora de alguém! O que largamente me compensou sempre foi ver os animais medrarem e ficarem bonitos, saudáveis e felizes com os meus cuidados e arranjarem bons donos. Mesmo que em muitos casos tenha tido de ser eu a arranjar-lhos...

[isatoday]

eu fui FAT agora pela primeira vez.

e dinodane, nao concordo que a FAT tenha a obrigaçao de arcar com todas as despesas do animal.

com o Billy por acaso paguei porque podia e porque quis, mas as pessoas a quem me ofereci para ser FAT/madrinha/benfeitora/retiradora-do-canil-municipal/whatever, ou seja, as outras madrinhas, que sempre acompanharam o Billy comigo, tinham partilhado essa responsabilidade comigo de certeza.

acho que nao ha regras definidas em relaçao a responsabilidades financeiras no que diz respeito a FAT, acho que essas regras sao estabelecidas caso a caso, pela FAT e pela associaçao/particulares (AKA "madrinhas") responsaveis pelo animal.

partilhando mais um pouco da minha experiencia... foi bastante dificil. unica e exclusivamente porque apegamo-nos imenso ao cao, e foi A choradeira aqui em casa quando foi para ele ir embora.
por outro lado, também houve choradeira agora mesmo, mas de felicidade por saber que o "nosso" menino está a dar-se bem na sua nova casa.

[MariaCaxuxa]

Pois

Isto de ser FAT é uma choradeira constante

[dinodane]

Mas eu não escrevi para vocês concordarem comigo.

Eu dei a minha opinião sobre o que, para mim, é ser FAT. Vocês terão a vossa.