Ai Meu Deus...

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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LuMaria
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quarta jun 23, 2010 10:59 pm

Um rafeiro é um aborto?
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
<p>Tourada n&atilde;o &eacute; tradi&ccedil;&atilde;o, &eacute; crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta viol&ecirc;ncia</p>
KirimdeA
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quarta jun 23, 2010 11:07 pm

LuMaria Escreveu:Um rafeiro é um aborto?
Não, um aborto é quem pense isso.
Bikejorer
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quarta jun 23, 2010 11:11 pm

jofelix Escreveu:
Bikejorer Escreveu:
jofelix Escreveu:
Bikejorer Escreveu:O que acham deste cruzamento entre duas raças diferentes da foto seguinte?
Em principio e no fim, acho errado, a não ser que queiras fazer nascer uma nova raça.
Imagem
Relativamente ao cruzamento da 1ª foto (Galgo Inglês x Braco Alemão), não se pretende criar qualquer raça, o que se pretende são cruzados, que neste caso se denominam no meio como Greysters, cujos descendentes, certamente, voltarão ser cruzados com Bracos por mais 2 ou 3 gerações, finalizado este ciclo, o criador/musher voltará de novo a fazer este cruzamento. Estes cães são, na sua grande maioria, usados em provas mushing nas classes até 4 cães de sprint.
Como poderá ver não existe qualquer intenção de criar uma raça, mas sim, obter cães capazes de desempenhar com elevados níveis de performance corridas de mushing nas classes sprint. Contudo, e tendo em conta que aqui não se pretende criar nenhuma raça, gostaria de saber o porquê de achar errado este cruzamento.
jofelix Escreveu:
Bikejorer Escreveu: E desta matilha, pela observação que faço, cães de raça contam-se pelos dedos das mãos e sobram dedos.
E desde quando é que os caçadores tiveram e/ou se preocuparam com cães de raça? Desde que tenham alguma aptidão para a caça, qualquer rafeiro serve.
Imagem
Relativamente aos cães desta foto não sei se na função que desempenham são bons ou não, para ser sincero postei a 1ª que me apareceu numa pesquisa no google, logo não me vou prenunciar sobre o valor deles.
Ao colocar este exemplo pretendia mostrar que existem varias matilhas de caça, senão quase todas, que têm cães cruzados e ou sem raça definida. Se eles não funcionassem não acredito que fossem usados.


Agora respondendo a sua questão.

Atendendo que o Clube Português de Canicultura teve as suas origens na antiga Secção de Canicultura do Clube Português de Caçadores e que se deve a ela o reconhecimento e redacção dos primeiros estalões da maioria das raças portuguesas.

Senão fossem os caçadores, que bem ou mal, mantiveram o podengo, não sei se ele ainda existiria. O caso do Podengo Grande que há meia dúzia de anos só existia em matilhas de caça grossa.

Competidores/caçadores portugueses que simultaneamente ganham títulos mundiais em provas de cães de parar e ganham monográficas de raça… (Modalidade desportiva canina que em Portugal tem obtido as melhores classificações em campeonatos do mundo e europeu).

Resumindo, se acha que os caçadores não se preocupam coma as raças, que mais eles podem fazer por elas?
Olá,
Vou tentar explicar-me melhor.
1º caso/foto: Acho errado o cruzamento de cães, de uma forma geral, com algumas excepções, mas isso não podemos dizê-lo abertamente, tu incluido, senão daqui a pouco vão dizer que quem cruza um pastor alemão com um labrador, está correcto.
Logo à partida, não posso dizer se está correcto ou não
E podemos estar perante uma das excepções porque, quem nos diz que daqui a uns anos, não estaremos na presença de uma nova raça? Como dizes, está a haver um apuramento, por via de cruzamentos, para a obtenção das melhores qualidades do produto final, leia-se cão, mas isto não é feito, certamente, por um desconhecedor das raças e daquilo para que se destinam.

2º caso/foto: O que eu quis dizer, é que os caçadores, e somente aqueles que se dedicam exclusivamente à caça, de uma forma geral, não estão muito preocupados se estão a caçar com um cão da raça A,B, ou C, desde que seja apto ...

Um abraço
jofelix Escreveu: Olá,
Vou tentar explicar-me melhor.
1º caso/foto: Acho errado o cruzamento de cães, de uma forma geral, com algumas excepções, mas isso não podemos dizê-lo abertamente, tu incluido, senão daqui a pouco vão dizer que quem cruza um pastor alemão com um labrador, está correcto.
logo à partida eu não consigo dizer se está ou não correcto, até pode
fazer todo o sentido e estar a ser muito bem feito.
jofelix Escreveu: E podemos estar perante uma das excepções porque, quem nos diz que daqui a uns anos, não estaremos na presença de uma nova raça? Como dizes, está a haver um apuramento, por via de cruzamentos, para a obtenção das melhores qualidades do produto final, leia-se cão, mas isto não é feito, certamente, por um desconhecedor das raças e daquilo para que se destinam.
O objectivo do cruzamento da 1ª foto não é criar nenhuma raça reconhecida. Duvido que algum dia alguem esteja para perder tempo a tentar registá-los como raça reconhecida, a não ser que isso o faça ter melhores performances físicas.
Nem eu vejo qual será a vantagem em estes cães serem reconhecidos como raça pela FCI ou outra organização, você vê?
Bikejorer
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quarta jun 23, 2010 11:21 pm

Acaldeira Escreveu:
dinodane Escreveu:Pois sim...

Mas desenganem-se aqueles que pensam que bastou cruzar um cão da raça x com outro da raça y para VOILÁ ter uma ninhada inteira de cães da nova raça xpto, ninhada essa todinha uniforme em termos de aspecto, e que mais uma vez bastou cruzar 2 desses xpto para continuar a ter na ninhada seguinte cães com as características xpto... a genética não funciona assim e o fenótipo de uma raça leva gerações de selecção até chegar a uma uniformidade e só aí se pode chamar raça.

São necessários 500 exemplares morfológicamente semelhantes e com temperamento a acompanhar, se não estou em erro.
É muito mais complicado do que isso, veja o que aconteceu com o Podengo Andaluz.

O Podengo Andaluz apesar de não ser reconhecido como raça pelo FCI, quanto a mim, continua a a ser uma raça, atendendo à definição do que é uma raça.
jofelix
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quinta jun 24, 2010 12:50 am

Bikejorer Escreveu:
jofelix Escreveu: E podemos estar perante uma das excepções porque, quem nos diz que daqui a uns anos, não estaremos na presença de uma nova raça? Como dizes, está a haver um apuramento, por via de cruzamentos, para a obtenção das melhores qualidades do produto final, leia-se cão, mas isto não é feito, certamente, por um desconhecedor das raças e daquilo para que se destinam.
O objectivo do cruzamento da 1ª foto não é criar nenhuma raça reconhecida. Duvido que algum dia alguem esteja para perder tempo a tentar registá-los como raça reconhecida, a não ser que isso o faça ter melhores performances físicas.
Nem eu vejo qual será a vantagem em estes cães serem reconhecidos como raça pela FCI ou outra organização, você vê?
Vejo um nome para a "raça", e, um estalão que o aproxime da perfeição para aquilo que é útil, ou seja, melhores performances físicas, como dizes e penso eu de que ... assim como o número reduzido de competidores(!?) ou desinteresse pode fazer com que nunca venha a ser registada.

Um abraço
&laquo; Se ouvir, esque&ccedil;o, mas se vir, nunca mais esque&ccedil;o &raquo; (Conf&uacute;cio) http://www.youtube.com/watch?v=8n2WKBoA9gY&aia=true
c_saraiva
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quinta jun 24, 2010 12:58 am

Bikejorer Escreveu:
Acaldeira Escreveu:
dinodane Escreveu:Pois sim...

Mas desenganem-se aqueles que pensam que bastou cruzar um cão da raça x com outro da raça y para VOILÁ ter uma ninhada inteira de cães da nova raça xpto, ninhada essa todinha uniforme em termos de aspecto, e que mais uma vez bastou cruzar 2 desses xpto para continuar a ter na ninhada seguinte cães com as características xpto... a genética não funciona assim e o fenótipo de uma raça leva gerações de selecção até chegar a uma uniformidade e só aí se pode chamar raça.

São necessários 500 exemplares morfológicamente semelhantes e com temperamento a acompanhar, se não estou em erro.
É muito mais complicado do que isso, veja o que aconteceu com o Podengo Andaluz.

O Podengo Andaluz apesar de não ser reconhecido como raça pelo FCI, quanto a mim, continua a a ser uma raça, atendendo à definição do que é uma raça.
Continuam a ser da raça "Podengo Português" com desvios ao estalão :wink:
jofelix
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quinta jun 24, 2010 1:11 am

Bikejorer Escreveu:
moslie Escreveu:Design dog's é aquilo que cá chama-se rafeiro! Mas lá não, a pessoa quer ter um cão que mais ninguém tem, com uma combinação única, então vai e arranja um cruzamento maluco (os pug's são muito requisitados), e tem um cão com uma raça com um nome por vezes indecifrável, que muitas vezes tem um aspecto também bastante esquisito coitado!
mas pasmem, há abortos destes a valer milhares de dólares!
E uma procura enorme, o pessoal é louco mesmo....e acham que a exigência de raça pura é uma mania e que é snob!

Há imensos sites sobre isto com fotos e há criadeiros que querem mesmo fazer reconhecer raças, o labradodlle por ex. O pobre bicho parece esmagado debaixo dos caracóis mas pronto...foi feito por design....
Do labradodle já ouvi falar, mas a justificação que foi dada não se prendia com a questão do design, mas sim, com o objectivo de juntar o temperamento do labrador com o pêlo do caniche (pelo de caniche eles têm temperamento não sabemos).
Esta tentativa de criar uma cão que melhor se adapte ao quotidiano Humano não será uma evolução lógica desta espécie como animal de estimação que cada vez tem como única função companhia.

Discordo, porque o quotidiano das pessoas não é uniforme; Há os que têm mais ou menos disponibilidade para o cão, os que gostam de passear o cão de trela e os que gostam de os levar ao colo.
E depois há aqueles para os quais o cão não é só um cão de companhia, tem outras utilidades e funções, quer em casa quer em competição.
E finalmente, aquilo que a Moslie refere são caprichos para satisfazer algumas aberrações eheheh


Acho muito mais aberrante um bulldogue Inglês do que labradodle e no entanto é uma raça reconhecida pela FCI.

Talvez, por ser inglês é que é reconhecido, se fosse uma americanice tenho dúvidas, aliás, poucas americanices são reconhecidas.

Um abraço
&laquo; Se ouvir, esque&ccedil;o, mas se vir, nunca mais esque&ccedil;o &raquo; (Conf&uacute;cio) http://www.youtube.com/watch?v=8n2WKBoA9gY&aia=true
Bikejorer
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quinta jun 24, 2010 11:32 am

jofelix Escreveu:
Bikejorer Escreveu:
jofelix Escreveu: E podemos estar perante uma das excepções porque, quem nos diz que daqui a uns anos, não estaremos na presença de uma nova raça? Como dizes, está a haver um apuramento, por via de cruzamentos, para a obtenção das melhores qualidades do produto final, leia-se cão, mas isto não é feito, certamente, por um desconhecedor das raças e daquilo para que se destinam.
O objectivo do cruzamento da 1ª foto não é criar nenhuma raça reconhecida. Duvido que algum dia alguem esteja para perder tempo a tentar registá-los como raça reconhecida, a não ser que isso o faça ter melhores performances físicas.
Nem eu vejo qual será a vantagem em estes cães serem reconhecidos como raça pela FCI ou outra organização, você vê?
Vejo um nome para a "raça", e, um estalão que o aproxime da perfeição para aquilo que é útil, ou seja, melhores performances físicas, como dizes e penso eu de que ... assim como o número reduzido de competidores(!?) ou desinteresse pode fazer com que nunca venha a ser registada.

Um abraço
Não sei se só isso chega para registar um cão como raça reconhecida. Falta de efectivos também não seria problema, só na linha de partida da classe de 4 caes sprint em neve no campeonato do mundo, onde está apenas o reduzido número dos que conseguiram o apuramento, deviam estar mais efectivos que em algumas monográficas de raças reconhecidas.

Um dos principais factores porque não é uma raça, quanto mim, prende-se com o facto de estas linhas não terem continuidade. Geralmente os descendentes deste cruzamento (Braco x galgo) são
cruzadas por mais 3 ou 4 gerações com Bracos e pára por aí. Depois disso e dependendo das características do cão poderá ser usado para melhorar linhas de eurohouds ou alascan huskies (mais dois para partir a cabeça aos que dizem que um bom cão, tiver LOP e tiver ganho concursos de beleza).
Bikejorer
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quinta jun 24, 2010 11:33 am

C_saraiva acertou na mosca 8)
<u><strong><a href="http://www.portugalmushing.com">www.portugalmushing.com</a></strong></u>
Bikejorer
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quinta jun 24, 2010 11:48 am

jofelix Escreveu:
Bikejorer Escreveu:
Do labradodle já ouvi falar, mas a justificação que foi dada não se prendia com a questão do design, mas sim, com o objectivo de juntar o temperamento do labrador com o pêlo do caniche (pelo de caniche eles têm temperamento não sabemos).
Esta tentativa de criar uma cão que melhor se adapte ao quotidiano Humano não será uma evolução lógica desta espécie como animal de estimação que cada vez tem como única função companhia.

Discordo, porque o quotidiano das pessoas não é uniforme; Há os que têm mais ou menos disponibilidade para o cão, os que gostam de passear o cão de trela e os que gostam de os levar ao colo.
E depois há aqueles para os quais o cão não é só um cão de companhia, tem outras utilidades e funções, quer em casa quer em competição.
E finalmente, aquilo que a Moslie refere são caprichos para satisfazer algumas aberrações eheheh


Acho muito mais aberrante um bulldogue Inglês do que labradodle e no entanto é uma raça reconhecida pela FCI.

Talvez, por ser inglês é que é reconhecido, se fosse uma americanice tenho dúvidas, aliás, poucas americanices são reconhecidas.

Um abraço
Certamente para se registar uma raça deve haver uma serie de pré-requisitos, se o tal labradodle os cumprir seria injusto não poderem regista-la.
Por o quotidiano das pessoas não ser uniforme e pela procura que pelos vistos parece ter, e que acho que provavelmente haverá espaço para ele.

o Bulldogue foi reconhecido, porque na volta quando foi registado ainda era uma cão. Aquelas características aparecem e perpetuam-se porque o exotismo vende para caraças, na volta vende tanto como as tais americanices. Alguns cruzamentos que se fazem deviam ser considerados maus tratos e, esses sim, criticados e proibidos.
jofelix
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quinta jun 24, 2010 12:26 pm

Bikejorer Escreveu:
jofelix Escreveu:
Bikejorer Escreveu:
jofelix Escreveu: E podemos estar perante uma das excepções porque, quem nos diz que daqui a uns anos, não estaremos na presença de uma nova raça? Como dizes, está a haver um apuramento, por via de cruzamentos, para a obtenção das melhores qualidades do produto final, leia-se cão, mas isto não é feito, certamente, por um desconhecedor das raças e daquilo para que se destinam.
O objectivo do cruzamento da 1ª foto não é criar nenhuma raça reconhecida. Duvido que algum dia alguem esteja para perder tempo a tentar registá-los como raça reconhecida, a não ser que isso o faça ter melhores performances físicas.
Nem eu vejo qual será a vantagem em estes cães serem reconhecidos como raça pela FCI ou outra organização, você vê?
Vejo um nome para a "raça", e, um estalão que o aproxime da perfeição para aquilo que é útil, ou seja, melhores performances físicas, como dizes e penso eu de que ... assim como o número reduzido de competidores(!?) ou desinteresse pode fazer com que nunca venha a ser registada.

Um abraço
Não sei se só isso chega para registar um cão como raça reconhecida. Falta de efectivos também não seria problema, só na linha de partida da classe de 4 caes sprint em neve no campeonato do mundo, onde está apenas o reduzido número dos que conseguiram o apuramento, deviam estar mais efectivos que em algumas monográficas de raças reconhecidas.

Um dos principais factores porque não é uma raça, quanto mim, prende-se com o facto de estas linhas não terem continuidade. Geralmente os descendentes deste cruzamento (Braco x galgo) são
cruzadas por mais 3 ou 4 gerações com Bracos e pára por aí. Depois disso e dependendo das características do cão poderá ser usado para melhorar linhas de eurohouds ou alascan huskies (mais dois para partir a cabeça aos que dizem que um bom cão, tiver LOP e tiver ganho concursos de beleza).
Olá,
Bom, assim não há hipótese nenhuma de ser reconhecida.
Quando à frente dos interesses das Raças se põem os interesses da competição e o desinteresse dos proprietários para aquele facto, tal a miscelânea que fazem, ou seja, a pureza de uma raça não lhes interessa.
Resumindo é uma competição de rafeiros, quer tenham boas performances ou não. Ainda bem (para as Raças e respectivos amantes) que esse desporto não é global.
Não sei se a analogia será a mais correcta, mas o que fazem é "dopar" um cão, com genes de outras raças para obter melhores performances.
Mas o pior é que o fazem, acho eu, sem cuidar os problemas genéticos herdados de ambas as raças. Quais os problemas de saúde/genéticos que, um cão oriundo destes cruzamentos, apresenta ?

Um abraço

P.S. A quantidade de efectivos de que falas não são todos do mesmo cruzamento, pois não ?
&laquo; Se ouvir, esque&ccedil;o, mas se vir, nunca mais esque&ccedil;o &raquo; (Conf&uacute;cio) http://www.youtube.com/watch?v=8n2WKBoA9gY&aia=true
dinodane
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quinta jun 24, 2010 12:29 pm

Amigos, o problema é a própria definição de raça.
No dia em que 2 labradoodles produzirem uma ninhada de cães homogéneos em fenótipo (aparência) e temperamento então aí poderão qualificar-se a serem um dia reconhecidos como uma raça distinta, com características bem vincadas e que passam efectivamente de geração em geração.

Os cães que são criados unicamente em função da sua aptidão como os exemplos referidos não chegam nunca a serem considerados como uma raça independente. Querem outro exemplo? Porque é que os pitbulls não são reconhecidos como raça na maior parte do mundo cinófilo e nem sequer pelo maior clube de canicultura do seu país de origem? Porque nunca foram seleccionados em função da sua morfologia ao contrário do amstaff, sempre foram criados em função do game.

"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo

Bikejorer
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quinta jun 24, 2010 7:00 pm

Resumindo é uma competição de rafeiros, quer tenham boas performances ou não. Ainda bem (para as Raças e respectivos amantes) que esse desporto não é global.
É verdade que uns mais do que outros, mas regra geral têm boas performances.

Não é um desporto totalmente global, mas cada vez mais o é, se tivermos também em conta que pode ser feito em terra. Logicamente que há partes do mundo em que ele dificilmente se implementará pela falta de condições climáticas (é preciso muito frio).

Só não consigo perceber o "Ainda bem (para as Raças e respectivos amantes) que esse desporto não é global".
Será que os tais cães são implacáveis predadores dos cães de raça e respectivos amantes e por isso os vão comendo até estes entrarem em extinção?
Será que eles são portadores de alguma doença que transmitam aos cães de raça e respectivos amantes e estes, por não terem resistência a ela, vão adoecendo até morrerem todos? (de doenças falaremos mais adiante).

Acho que há espaço para todos, quem gosta e quer Galgos pode tê-los, quem gosta e quer Bracos pode tê-los, quem gosta e quer ter Greysters também pode tê-los.... vivendo todos em harmonia sem que alguém prejudique o outro por preferir ter determinado cão.
Logicamente quando as pessoas deixarem de gostar de uns deles, ele desaparecerá sem que mal venha ao mundo, o Homem o criou quando precisou , o Homem acabou com ele quando deixou de ter préstimo. Apoquenta-me muito mais a extinção de uma espécie selvagem.


Não sei se a analogia será a mais correcta, mas o que fazem é "dopar" um cão, com genes de outras raças para obter melhores performances.
A analogia está errada, aqui o que é feito, é o que o Homem sempre fez, mesmo antes de existir este conceito de raça registada, perpetua e programa os cruzamentos de modo a que os frutos se aproximem o mais possível do pretendido, o que no caso referenciado (cuja foto desapareceu não sei como) consegue-se, poucos cães de raça pura se igualam e estes em prova, talvez um ou outro Braco Alemão ou Pointer Inglês vindas de linhas de mushing e/ou caça. (Embora muito poucos, há bracos em alta competição de mushing que também caçam e simultaneamente obtêm bons resultados em concursos de morfologia, isto sim é trabalhar bem uma raça e sem medos, vou procurar os links).
Mas o pior é que o fazem, acho eu, sem cuidar os problemas genéticos herdados de ambas as raças. Quais os problemas de saúde/genéticos que, um cão oriundo destes cruzamentos, apresenta ?
Esta frase não deixa de ser curiosa, começa por afirmar que não se cuidam de problemas genéticos herdados e depois acaba a perguntar quais são, julgando eu que sabia quais são, no entanto vou tentar responder à pergunta e à afirmação.

Eu diria que os mesmos de um cruzamento entre indivíduos da mesma raça, no entanto, presumo que, tanto num cruzamento consciencioso entre raças diferentes, assim como, os dentro da raça, esses problemas sejam acautelados, ou não?
Apesar de não conhecer estudos que revelem isso, diz-se que há muito menos doenças de origem genética nestes cães, o que acredito. Nestes cães a componente física assim como a comportamental são super valorizadas, logo qualquer cão doente é posto de lado e se desconfiar de ser portador de alguma patologia é considerado inapto para criação.

Malta descuidada e ignorante nestes temas, há-os dos dois lados, mas presumo que quem os faça no mushing, ou tem sorte e nada acontece, ou então, duvido que volte a tentar a proeza.
Regra geral, no mushing quando um musher faz um cruzamento o objectivo é produzir cães para a sua equipa e só o excedente é vendido ou dado. Agora imagine o tiro no pé que é, criar-se num ano 1 ou 2 ninhadas e nascerem com displasia de anca, problemas cardíacos ou outra doença qualquer, quer do foro físico ou comportamental. Competir com eles estava fora de hipótese, caso se atreve-se a dá-los ou vende-los ficava com o nome estragado e nunca mais vendia um cão, só lhe restava esperar uns 10 ou 15 anos parado à espera que eles morressem, ou então aumentar o canil.

Por outro lado o cães usados vêm de linhas de trabalho, que apesar não resolver tudo, faz com que exista uma selecção natural em que os que demonstrem ter patologias não tenham bom rendimento, logo considerados não aptos para reproduzir.
P.S. A quantidade de efectivos de que falas não são todos do mesmo cruzamento, pois não ?
A grande maioria dos cães que participam nas classes nas classes até 4 cães são actualmente do tipo greyster, depois aparecem um Bracos Alemães puros, e outros tantos eurohouds e alaskan huskies e um ou outro Pointer. Nas classes com mais cães já se começam a usar mais o tipo Eurohoud e Alaskan huskie.
De um modo geral os melhores greysters são que têm uma perecentagem superior a 50% de Braco ou Pointer.

Deixo algumas fotos do ultimo campeonato do mundo:

Classe de pulka a saírem da linha de partida.

Imagem

Classe 4 cães

Imagem
Imagem


Com isto tudo não pretendo de modo algum convencer ninguém que estes cães são os melhores do mundo, até porque não o são. Mas estou farto do preconceito e da arrogância do LOPes. É certo que é um erro e irresponsabilidade cruzar o cão sem raça definida só porque "dá cá aquela palha", mas quantas vezes isso não acontece entre cães com LOP?

Custa-me e deixa-me furioso a atitude de alguns donos de cães de raça quando estou com numa tarde de Verão sentado na sala de espera de uma consultório veterinário com a minha cadela e ao lado está um bimbo com um cão de aparência gelatinosa e obesa e sem focinho, cujo respirar deixaria impressionado o sonoplasta do filme da Guerra das Estrelas, atendendo que o som era mais mórbido do que o respirar do darth vader, tratar a minha cadela como lixo genético e pelo que pareceu nem merecia ser cão porque não tinha raça nem LOP.

Custa-me e deixa-me furioso a atitude de alguns donos de cães de raça quando estou nessa mesma tarde de Verão sentado na sala de espera de uma consultório veterinário com a minha cadela e chega outro bimbo com um labrador que argumenta com a senhora da recepção que devia passar à minha frente e de uma senhora com um gato porque o cão dele custou 700 euros e é do afixo xpto e que era uma irresponsabilidade deixar uma cão como o dele tanto tempo junto de animais que ele não sabia a proveniência.

Custa-me e deixa-me furioso a atitude de alguns donos de cães de raça quando dizem que uma corrida de mushing é "é uma competição de rafeiros, quer tenham boas performances ou não. Ainda bem (para as Raças e respectivos amantes) que esse desporto não é global", mais uma vez parece que há cães que são cães e outros lixo genético.

Custa-me e deixa-me furioso outras coisas... mas isto já vai muito comprido

Um abraço
Última edição por Bikejorer em quinta jun 24, 2010 7:59 pm, editado 4 vezes no total.
mariasara2
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quinta jun 24, 2010 7:23 pm

Bikejorer Escreveu: Com isto tudo não pretendo de modo algum convencer ninguém que estes cães são os melhores do mundo, até porque até não o são. Mas estou farto do preconceito e da arrogância do LOPes. É certo que é um erro e irresponsabilidade cruzar o cão sem raça definida só porque "dá cá aquela palha", mas quantas vezes isso não acontece entre cães com LOP

Custa-me e deixa-me furioso a atitude de alguns donos de cães de raça quando estou com numa tarde de Verão sentado na sala de espera de uma consultório veterinário com a minha cadela e ao lado está um bimbo com um cão de aparência gelatinosa e obesa e sem focinho, cujo respirar deixaria impressionado o sonoplasta do filme da Guerra das Estrelas, atendendo que o som era mais mórbido do que o respirar do darth vader, tratar a minha cadela como lixo genético e pelo que pareceu nem merecia ser cão porque não tinha raça nem LOP.

Custa-me e deixa-me furioso a atitude de alguns donos de cães de raça quando estou nessa mesma tarde de Verão sentado na sala de espera de uma consultório veterinário com a minha cadela e chega outro bimbo com um labrador que argumenta com a senhora da recepção que devia passar à minha frente e de uma senhora com um gato porque o cão dele custou 700 euros e é do afixo xpto e que era uma irresponsabilidade deixar uma cão como o dele tanto tempo junto de animais que ele não sabia a proveniência.

Custa-me e deixa-me furioso a atitude de alguns donos de cães de raça quando dizem que uma corrida de mushing é "é uma competição de rafeiros, quer tenham boas performances ou não. Ainda bem (para as Raças e respectivos amantes) que esse desporto não é global", mais uma vez parece que há cães que são cães e outros lixo.

Custa-me e deixa-me furioso outras coisas... mas isto já vai muito comprido

Um abraço
Sinceramente também me irrita imenso quando estou a passear o meu Rex e oiço determinado tipo de comentários de certo tipo de pessoas que não perdiam nada em estar caladas :| E "quem não se sente não é filho de boa gente."
A minha visinha tem um cocker e, ainda antes de eu ter cão, o cao dela vinha ao nosso espaço "aliviar-se". Como era de raça, a dona achava que o caozinho podia fazer tudo o que lhe apetecia. Uma vez o meu rafeiro foi para a rua (fugiu do portao) e viu o portao da visinha aberto. Conclusao: Entrou disparado. A mulher nao faz mais nada: Vai buscar um chinelo e bate-lhe (este espetaculo todo à minha frente). Acho que era escusado ter batido no cão.. Podia perfeitamente ter-me convidado a entrar para eu ir buscar o meu rex. Mas como é rafeiro...
Na altura ainda ouvi um comentário ou dois (sobre o facto do cao ser "rafeirote" mas calei-me.
jofelix
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sexta jun 25, 2010 12:49 am

Olá,

A mim também me irrita, quando aqui aparecem certos donos a perguntar como e onde se tira o LOP para o rafeiro.
A mim também me irritam certos donos que insinuam (ou afirmam!)que o rafeiro é melhor que um cão de raça pura, só porque corre mais depressa, ou ladra mais alto.

Só há dois (2) tipos de cães: SRD (Rafeiros) e de raça pura.
Há quem goste de rafeiros, pelo aspecto, pela performance, etc.
e
Há quem goste de cães de raça pura, inscritos no LO, com os defeitos e virtudes da Raça.

Quanto aos Greyster ( outra analogia ) são como os cavalos de corrida, que só têm um objectivo ... correr, não deixam de ser cães, mas são de raça indefinida, isto sem menorizar.
Eu disse que havia mistura genética de 2 ou mais raças, não disse que era lixo genético.

Mas há uma frase que me deixa intrigado e não acredito nela:
Agora imagine o tiro no pé que é, criar-se num ano 1 ou 2 ninhadas e nascerem com displasia de anca, problemas cardíacos ou outra doença qualquer, quer do foro físico ou comportamental. Competir com eles estava fora de hipótese, caso se atreve-se a dá-los ou vende-los ficava com o nome estragado e nunca mais vendia um cão, só lhe restava esperar uns 10 ou 15 anos parado à espera que eles morressem, ou então aumentar o canil.
Quanto a cruzamentos feitos pelo homem, o melhor até à data foi a mulata/mulato :lol: mas lá está, é SRD. :lol: mas é gente :!: :!:

Um abraço
&laquo; Se ouvir, esque&ccedil;o, mas se vir, nunca mais esque&ccedil;o &raquo; (Conf&uacute;cio) http://www.youtube.com/watch?v=8n2WKBoA9gY&aia=true
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