Dá que pensar...
A comunicação social tem este efeito.
Muita gente não sabia o que era pedofilia antes do escândalo Casa Pia e determinadas situações que em certos meios eram consideradas usuais ou não merecedoras de atenção começaram a ser denunciadas e olhadas com outros olhos. Nunca houve tantas denúncias de pedofilia e abuso sexual de menores (muitas vezes por parte da própria família) como depois da ampla cobertura noticiosa do escândalo.
Da mesma forma, foi preciso que esta notícia fosse amplamente noticiada para que as pessoas começassem a agir e a pensar. Só neste fim de semana foram reportados uns poucos casos.
Muita gente não sabia o que era pedofilia antes do escândalo Casa Pia e determinadas situações que em certos meios eram consideradas usuais ou não merecedoras de atenção começaram a ser denunciadas e olhadas com outros olhos. Nunca houve tantas denúncias de pedofilia e abuso sexual de menores (muitas vezes por parte da própria família) como depois da ampla cobertura noticiosa do escândalo.
Da mesma forma, foi preciso que esta notícia fosse amplamente noticiada para que as pessoas começassem a agir e a pensar. Só neste fim de semana foram reportados uns poucos casos.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
Claro que estas coisas não são exclusivas de Portugal ( antes fossem ).Charlie2 Escreveu:Isso e acharem que estas coisas só se passam em Portugal.Pois, infelizmente foi preciso ser descoberto o 1º caso, para começar a "caça ao idoso que vive sozinho e poderá estar morto" Rolling Eyes
Lamentável....
Mas tambem podia ser assim..
http://www.youtube.com/watch?v=QwiRObXhUCU
( Desculpa, Lu, " roubei-te" o video

Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
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À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
podia e são Ni. Quantas iniciativas não há iguais a estas em Portugal? simplesmente há muita vontade de menosprezar e pouca de valorizar.nicasxi Escreveu:Claro que estas coisas não são exclusivas de Portugal ( antes fossem ).Charlie2 Escreveu:Isso e acharem que estas coisas só se passam em Portugal.Pois, infelizmente foi preciso ser descoberto o 1º caso, para começar a "caça ao idoso que vive sozinho e poderá estar morto" Rolling Eyes
Lamentável....
Mas tambem podia ser assim..
http://www.youtube.com/watch?v=QwiRObXhUCU
( Desculpa, Lu, " roubei-te" o video)
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E não é só isso. Possivelmente, antes do caso da senhora da Rinchoa, a própria comunicação social não daria eco a estes casos ou nem sequer deles seria informada. Agora, estão na ordem do dia.dinodane Escreveu:A comunicação social tem este efeito.
Muita gente não sabia o que era pedofilia antes do escândalo Casa Pia e determinadas situações que em certos meios eram consideradas usuais ou não merecedoras de atenção começaram a ser denunciadas e olhadas com outros olhos. Nunca houve tantas denúncias de pedofilia e abuso sexual de menores (muitas vezes por parte da própria família) como depois da ampla cobertura noticiosa do escândalo.
Da mesma forma, foi preciso que esta notícia fosse amplamente noticiada para que as pessoas começassem a agir e a pensar. Só neste fim de semana foram reportados uns poucos casos.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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«A morte e os impostos
Nos arredores de Lisboa, Augusta, que teria hoje 96 anos, morreu sem ninguém dar por nada. Nem família, nem amigos, nem serviços públicos. Uma vizinha, apenas ela, bateu a todas as portas que pôde, por estranhar a sua ausência. Da família, da GNR, de todos, apenas a indiferença. Nem a segurança social, nem os serviços de saúde. Ninguém. Era apenas uma velha num prédio de uns subúrbios. Passou oito anos a bater a portas. A burocracia impediu que alguém fizesse alguma coisa. A porta não podia ser arrombada. A GNR até gozou com a preocupação da vizinha. Coisas de velhos, terão pensado.
Mas Augusta, cidadã portuguesa, era também contribuinte. E aí deram por falta dela. Tinha uma dívida. Sem um único contato, a frieza da máquina leiloou o seu apartamento. Quando os novos donos chegaram, a porta foi finalmente arrombada. E lá estava Augusta, morta no chão da cozinha. Tinha morrido há oito anos sem que ninguém tivesse dado ouvidos à vizinha.
O que impressiona, para além da solidão que permite que alguém morra sem que ninguém dê por nada, é que o mesmo Estado que dá pelo não pagamento de uma dívida ao fisco não dê, não queira dar, pelo desaparecimento de um ser humano. Que o contribuinte exista, mas o cidadão não. Que quem tinha a obrigação de pagar impostos tenha deixado de existir nos seus direitos. A metáfora é macabra. Mas é poderosa. Este Estado que não se esquece - não se deve esquecer – de nós quando é cobrador, mas para quem não existimos quando nos é devida alguma atenção.
Diz-se que só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos.
Parece que para o Estado português só a segunda parte é verdadeira.»
por Daniel Oliveira
Publicado no Expresso Online
Nos arredores de Lisboa, Augusta, que teria hoje 96 anos, morreu sem ninguém dar por nada. Nem família, nem amigos, nem serviços públicos. Uma vizinha, apenas ela, bateu a todas as portas que pôde, por estranhar a sua ausência. Da família, da GNR, de todos, apenas a indiferença. Nem a segurança social, nem os serviços de saúde. Ninguém. Era apenas uma velha num prédio de uns subúrbios. Passou oito anos a bater a portas. A burocracia impediu que alguém fizesse alguma coisa. A porta não podia ser arrombada. A GNR até gozou com a preocupação da vizinha. Coisas de velhos, terão pensado.
Mas Augusta, cidadã portuguesa, era também contribuinte. E aí deram por falta dela. Tinha uma dívida. Sem um único contato, a frieza da máquina leiloou o seu apartamento. Quando os novos donos chegaram, a porta foi finalmente arrombada. E lá estava Augusta, morta no chão da cozinha. Tinha morrido há oito anos sem que ninguém tivesse dado ouvidos à vizinha.
O que impressiona, para além da solidão que permite que alguém morra sem que ninguém dê por nada, é que o mesmo Estado que dá pelo não pagamento de uma dívida ao fisco não dê, não queira dar, pelo desaparecimento de um ser humano. Que o contribuinte exista, mas o cidadão não. Que quem tinha a obrigação de pagar impostos tenha deixado de existir nos seus direitos. A metáfora é macabra. Mas é poderosa. Este Estado que não se esquece - não se deve esquecer – de nós quando é cobrador, mas para quem não existimos quando nos é devida alguma atenção.
Diz-se que só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos.
Parece que para o Estado português só a segunda parte é verdadeira.»
por Daniel Oliveira
Publicado no Expresso Online
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Txi nem me falem desse caso por amor de deus tenho vergonha deste estado!!!
Tenho vergonha de dizer que sou portugues!!!
Isto foi um choque para o pais!!!
Estamos a falar de um ser humano morto a 8 anos dentro de uma casa nao estamos a falar de 8 meses COMO É POSSIVEL???
Tenho vergonha de dizer que sou portugues!!!
Isto foi um choque para o pais!!!
Estamos a falar de um ser humano morto a 8 anos dentro de uma casa nao estamos a falar de 8 meses COMO É POSSIVEL???
By: Eristoff
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*shar pei
eu não tenho vergonha de ser portuguesa!
a culpa destas coisas é das famílias que abandonam os seus.
se a família acompanhasse a vida destas pessoas dariam pela falta delas não?
enfim...
a culpa destas coisas é das famílias que abandonam os seus.
se a família acompanhasse a vida destas pessoas dariam pela falta delas não?
enfim...
sub-fórum Chow Chow http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewforum.php?f=176
8 meses? Normalissimo alguém estar defunto 8 meses sem ninguém dar por nada.Eristof Escreveu:Txi nem me falem desse caso por amor de deus tenho vergonha deste estado!!!
Tenho vergonha de dizer que sou portugues!!!
Isto foi um choque para o pais!!!
Estamos a falar de um ser humano morto a 8 anos dentro de uma casa nao estamos a falar de 8 meses COMO É POSSIVEL???
Mas francamente, andam na caça ao morto solitário. Toda a vida pessoas morreram sós em casa. Só agora é que repararam no fenómeno? Haja paciência.
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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*shar pei
sempre morreu gente em casa. há é mais divulgação e basta por coincidência morrerem 2 ou 3 na mesma semana que já se faz um alarido.LuMaria Escreveu:8 meses? Normalissimo alguém estar defunto 8 meses sem ninguém dar por nada.Eristof Escreveu:Txi nem me falem desse caso por amor de deus tenho vergonha deste estado!!!
Tenho vergonha de dizer que sou portugues!!!
Isto foi um choque para o pais!!!
Estamos a falar de um ser humano morto a 8 anos dentro de uma casa nao estamos a falar de 8 meses COMO É POSSIVEL???
Mas francamente, andam na caça ao morto solitário. Toda a vida pessoas morreram sós em casa. Só agora é que repararam no fenómeno? Haja paciência.
há coisas piores.
continuo a achar que quem tem que zelar pelos idosos é a família.
a ideia que o estado tem que ser substituto da família causa-me alguma confusão.

alguém acredita no estado-providência?
Última edição por chowista em quinta fev 17, 2011 1:28 pm, editado 1 vez no total.
sub-fórum Chow Chow http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewforum.php?f=176
E morreram muitas mais de certeza eles é que não descobriram. A brigada caça defuntos. Eu vivo sózinha. Vai que me dá o treco e ainda apareço nas noticias? Vai lá vai... andam com falta de informação melhor para dar.chowista Escreveu:sempre morreu gente em casa. há é mais divulgação e basta por coincidência morrerem 2 ou 3 na mesma semana que já se faz um alarido.LuMaria Escreveu:8 meses? Normalissimo alguém estar defunto 8 meses sem ninguém dar por nada.Eristof Escreveu:Txi nem me falem desse caso por amor de deus tenho vergonha deste estado!!!
Tenho vergonha de dizer que sou portugues!!!
Isto foi um choque para o pais!!!
Estamos a falar de um ser humano morto a 8 anos dentro de uma casa nao estamos a falar de 8 meses COMO É POSSIVEL???
Mas francamente, andam na caça ao morto solitário. Toda a vida pessoas morreram sós em casa. Só agora é que repararam no fenómeno? Haja paciência.
há coisas piores.
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
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brigada caça defuntos
e há mais brigadas por aí!
as mães de bragança bem queriam criar uma!

e há mais brigadas por aí!
as mães de bragança bem queriam criar uma!

sub-fórum Chow Chow http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewforum.php?f=176
Pois, aquilo a que a LuMaria chama, e muito bem, brigada caça-defuntos, terá vida curta, apenas durará enquanto perdurar o choque desta notícia. O qual se justifica pela enormidade da indiferença com que o desaparecimento foi encarado.
Aqui há uns anos, também foi notícia muito falada a elevada taxa de suicídios entre os idosos de uma parte do Alentejo. Hoje, o facto está esquecido, apesar de se terem apregoado alguns esforços a nível social e médico para debelar esses tristes números. E já não se sabe se os idosos alemtejanos continuam a suicidar-se ou não.
Estou de acordo com o que o cronista do Expresso diz: não se trata do Estado-providência, que nem a Chowista sabe muito bem o que é (e que agita como se soubesse), mas sim de mero bom senso e atitude cívica por parte do organismo cobrador de impostos. Afinal, um morto não paga impostos, e se há uma conta fiscal inactiva e que não responde a avisos durante um longo período de tempo, lógico será que o cobrador estatal investigue porque é que isso acontece.
A vizinha que tanto se queixou era uma senhora quase tão idosa quanto a falecida, timorata e submissa às intimidações de uma polícia preguiçosa e pouco dada a incómodos por causa de velhos inúteis que não trazem lucro a ninguém. Com alguém mais novo e/ou mais "teso", aquela porta teria sido mesmo arrombada em tempo útil, e depois que o viessem de lá prender...
Aqui há uns anos, também foi notícia muito falada a elevada taxa de suicídios entre os idosos de uma parte do Alentejo. Hoje, o facto está esquecido, apesar de se terem apregoado alguns esforços a nível social e médico para debelar esses tristes números. E já não se sabe se os idosos alemtejanos continuam a suicidar-se ou não.
Estou de acordo com o que o cronista do Expresso diz: não se trata do Estado-providência, que nem a Chowista sabe muito bem o que é (e que agita como se soubesse), mas sim de mero bom senso e atitude cívica por parte do organismo cobrador de impostos. Afinal, um morto não paga impostos, e se há uma conta fiscal inactiva e que não responde a avisos durante um longo período de tempo, lógico será que o cobrador estatal investigue porque é que isso acontece.
A vizinha que tanto se queixou era uma senhora quase tão idosa quanto a falecida, timorata e submissa às intimidações de uma polícia preguiçosa e pouco dada a incómodos por causa de velhos inúteis que não trazem lucro a ninguém. Com alguém mais novo e/ou mais "teso", aquela porta teria sido mesmo arrombada em tempo útil, e depois que o viessem de lá prender...
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.

"...Com alguém mais novo e/ou mais "teso", aquela porta teria sido mesmo arrombada em tempo útil, e depois que o viessem de lá prender..."
Por acaso em conversa com amigos ... eu disse algo muito parecido com esta frase.
Se fosse comigo e as autoridades nada fizéssem ... de certeza que a porta não teria estado 8 anos para ser arrombada. Mas isto sou eu ...

Por acaso em conversa com amigos ... eu disse algo muito parecido com esta frase.



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lulub não vire para aqui. 

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