Boas,
Acerca de 3 meses fui buscar um cachorro macho a um canil com 3 semanas que tinham deixado no canil com mais 4 irmãs, desconhecendo os pais.
O cão tem agora cerca de 4 meses é de porte grande/muito grande (aos 3 meses pesava 7.400kg).
Desde o inicio com cerca de 2 meses comecei a notar uma hiperactividade fora do normal, já tive mais 2 cães (um podengo pequeno e um husky) e nenhum foi assim, começou roer/destruir tudo o que encontrava, comia objectos estranhos (paus, pedras, toalhetes de bébé e tudo o que podem imaginar), brinquedos do meu filho já não tem conta os que já destruiu, não consegue estar quieto 5 minutos , sempre a pular para cima de nós a tentar morder (aquele morder de brincar quando são cachorros) etc, mesmo quando esta a dormir assim que nos ouve acaba-se logo a sesta, é de tirar a paciência a um santo! O pensamento é: é de ser cachorro isto há-de passar.
Mas o maior problema é que este cão mesmo sendo um cachorro quando se encontra com outros cães já adultos não apresenta sinais de medo e joga-se para cima deles mantendo a cauda sempre para cima (pelo que tenho lido sinal de dominância), para a pessoas estranhas, acontece a mesma coisa joga-se para cima delas e mais recentemente tenta morder, com os carros, motas quer correr atrás deles e ladra-lhes mesmo quando já nós encontramos longe de casa.
Ontem e hoje fui ao parque com o meu filho e levei-o, qual o meu espanto que quando as crianças e adolescentes se chegam ao pé dele começa a rosnar/ladrar e a querer morder, uma das crianças até perguntou muito admirado - isso é o quê?
Ontem e hoje passei algumas horas com ele a tentar impor-lhe algumas regras, tais como, sentar e só se levantar quando eu mandar, quando lhe dou comer, só começa a comer quando eu mandar, ficar sentado no passeio a ver os carros passarem e repreende-lo quando tenta ir atrás deles , repreende-lo quando ladra as pessoas e se tentar mandar-se para cima delas, hoje em vez de usar um peitoral para o passear usei uma coleira posta mais junto ás orelhas para evitar os puxões, isto para lhe tentar mostrar que quem manda sou eu e para tentar corrigir o comportamento agressivo que demonstra ter.
Ontem tinha dito a minha mulher que o cão tinha rosnado ás crianças no parque, ela não acreditou muito, mas hoje foi comigo e com o meu filho e viu com os próprios olhos e ficamos os dois desiludidos e com receios que tenhamos adoptado um cão que nos vai trazer muitos problemas. Relembro que o cão tem apenas 4 meses, a minha dúvida é como vai ser quando ele tiver 1 ano.
Sendo um cão que vai ser grande, o meu receio é que daqui alguns meses tenha dificuldade em controlar esta agressividade, estou desiludido e preocupado com o cão que fui buscar.
Como já referi não conheço os pais, na segunda visita ao veterinário este disse-me que o cão tinha algo de labrador, mas neste momento já não me parece que tenha, pois nunca ouvi falar de labradores agressivos, especialmente com crianças.
Preciso de alguns conselhos de como lidar com esta situação para prevenir problemas num futuro próximo.
Cachorro adoptado (demasiado activo-agressivo).
Moderador: mcerqueira
Daquilo que eu entendo (não sou nenhuma entidade parda na matéria), e daquilo que eu percebi.
O cão, pouco ou nenhum tempo passou com a mãe (tempo recomendado são dois meses).
E para juntar ao facto de ele poder ser dominante, ele eventualmente poderá não saber comportar-se em "público".Poderá também ao rosnar e etc mostrar o seu lado mais protector.
Como o mercon também não é um perfeito ignorante (em princípio) no assunto (conforme li). Têm que ser firme e mostrar-lhe como ele deve comportar-se em "público", isso têm que ser feito já, é nesta fase, a mais importante.
A minha sugestão limitada, é:
Dar muito exercício (qb).
Tentar sociabilizá-lo, o mais e melhor possível.
Mais disciplina.
Se não notar melhoras significativas a curto prazo (2 meses) e realço o facto de eu não ser nenhum especialista.
O melhor conselho/sugestão e o mais responsável que tenho para dar é:
Procure um treinador.
O cão, pouco ou nenhum tempo passou com a mãe (tempo recomendado são dois meses).
E para juntar ao facto de ele poder ser dominante, ele eventualmente poderá não saber comportar-se em "público".Poderá também ao rosnar e etc mostrar o seu lado mais protector.
Como o mercon também não é um perfeito ignorante (em princípio) no assunto (conforme li). Têm que ser firme e mostrar-lhe como ele deve comportar-se em "público", isso têm que ser feito já, é nesta fase, a mais importante.
A minha sugestão limitada, é:
Dar muito exercício (qb).
Tentar sociabilizá-lo, o mais e melhor possível.
Mais disciplina.
Se não notar melhoras significativas a curto prazo (2 meses) e realço o facto de eu não ser nenhum especialista.
O melhor conselho/sugestão e o mais responsável que tenho para dar é:
Procure um treinador.
Última edição por botas96 em quarta set 05, 2012 1:44 am, editado 2 vezes no total.
Não é verdade, há labradores bastante agressivos e eu conheço pelo menos um, mas esqueça isso. Os vets n têm jeito nenhum para atribuir raças
e, como disse, nem sequer conhece os progenitores. É um SRD grandalhão, e é de acordo com o seu temperamento que vai ter de actuar. Com 4 meses, é tempo de começar a aprender a obedecer, e vai ter de ser firme, consistente e muito mais teimoso que o seu cão. ´verdade que toda essa agitação pode ser de ser ainda um bebé, eu tive uma "hiperactiva" que deu comigo em doida, mas nunca revelou agressividade e é de porte médio/pequeno (15 quilos), logo, muito fácil de dominar. A doideira (ímpetos destrutivos e ladração) passou-lhe já depois dos 2 anos, mesmo com as promessas, aos 7 meses, de "agora que foi esterilizada, acalma". O tanas!
Não posso acrescentar mais, talvez venham outras sugestões...


Não posso acrescentar mais, talvez venham outras sugestões...
Acho que o meu cão tinha 5kg aos 3 meses (e estava magríssimo porque teve parvovirose aos 2 meses), e agora com 1 ano e quase 3 meses de idade tem 28kg. Ele também não teve muito tempo com a mãe e os irmãos por causa da doença, e era um traquinas hiperactivo e autêntico tubarão. E esta fera era difícil de domar, demonstrou-se dominante (não agressivo mas na insistência de obter o que quer). Mas agora já está muito melhor. 
Também não sou especialista, mas posso aconselhar:
- nada de brincadeiras com alguma parte do seu corpo (braços, pernas...), e brincar sempre com brinquedos;
- dá-lhe brinquedos e ossos realmente interessantes para ele poder roer alguma coisa e desenvolver o hábito de roer só estas coisas;
- ensina-lhe a controlar o impulso (muito importante) com o "espera";
- ensina-lhe o "deixa", que dá muito jeito;
- com um cachorro energético e confiante, é melhor evitar imitar o ganir. Não queira que o cachorro o veja como um grande brinquedo squeak!
- método time out pode ajudar (isolamento num espaço sem diversão nem companhia por alguns minutos até acalmar) a mostrar que se não parar quando é pedido, é isolado da matilha;
- se não poder isolá-lo mas precise que ele pare numa certa altura, pegue no cachaço e afaste-o e imobilize-o até ele acalmar e parar de insistir em mordicar o seu braço. Se ele insistir demasiadas vezes, castigue-o fazendo-o deitar-se ao seu lado durante uns minutos. Isto obriga o cachorro a acalmar;
- canse-o sempre que poder com brincadeiras (tug-o-war, buscar bola...) ou passeios.
Ele ainda é cachorro, e com a mudança de dentes mais curiosidade, pode ser um autêntico tubarão e terminator de coisas não apropriadas. Com a idade a maioria deles acalmam mesmo, mas é preciso paciência, ensiná-lo o que fazer e o que não pode fazer, e também gerir bem o ambiente (não deixar objectos que não queira ver destruído ao alcance do terminator
) e muita supervisão (é importante não deixar desenvolver o hábito, que é auto reinforçante).
Quanto à liderança:
- pede-o para sentar e esperar constantemente, e para comer, sair das portas ou aceder a algum recurso;
- treino com reforço positivo - isto habitua-o a ouvi-lo mais;
- quando insiste em fazer o que quer ou obter o que quer, mostra que não é permitido por pôr-se entre ele e o objecto/espaço proibido (é uma espécie de "isto é meu"), e tente redireccioná-lo para o que é apropriado ou pelo menos para afastar. Pelo menos com o meu cão que é mais dominante, não exaltar e mostrar de uma forma mais calma e assertiva é melhor do que as tradicionais palmadas;
- é importante satisfazer as necessidades de exercício e estímulo mental, pois quando um cão está demasiado energético, é mais difícil de educar.
Quanto à socialização com outras crianças e pessoas, pode levar guloseimas mesmo boas e só para quando ele interage com as pessoas. Faça com que sejam as outras crianças e pessoas a dar-lhe essas guloseimas. Faça isso primeiro com adultos, para que quando for a vez das crianças o processo estar já facilitado (o cachorro já percebe que aproximação de humanos mais guloseimas = humanos a dar-lhe guloseimas).
Se ele tem mesmo tendência para ser agressivo, é mesmo importante socializado bastante e não permitir nenhuma experiência negativa. Aconteceu com o meu com outros cães (cães não atrelados que foram mauzinhos com o meu...), e embora ele agora já está muito melhor, ainda fico a pensar que ainda bem que com pessoas ele não é agressivo.

Também não sou especialista, mas posso aconselhar:
- nada de brincadeiras com alguma parte do seu corpo (braços, pernas...), e brincar sempre com brinquedos;
- dá-lhe brinquedos e ossos realmente interessantes para ele poder roer alguma coisa e desenvolver o hábito de roer só estas coisas;
- ensina-lhe a controlar o impulso (muito importante) com o "espera";
- ensina-lhe o "deixa", que dá muito jeito;
- com um cachorro energético e confiante, é melhor evitar imitar o ganir. Não queira que o cachorro o veja como um grande brinquedo squeak!
- método time out pode ajudar (isolamento num espaço sem diversão nem companhia por alguns minutos até acalmar) a mostrar que se não parar quando é pedido, é isolado da matilha;
- se não poder isolá-lo mas precise que ele pare numa certa altura, pegue no cachaço e afaste-o e imobilize-o até ele acalmar e parar de insistir em mordicar o seu braço. Se ele insistir demasiadas vezes, castigue-o fazendo-o deitar-se ao seu lado durante uns minutos. Isto obriga o cachorro a acalmar;
- canse-o sempre que poder com brincadeiras (tug-o-war, buscar bola...) ou passeios.
Ele ainda é cachorro, e com a mudança de dentes mais curiosidade, pode ser um autêntico tubarão e terminator de coisas não apropriadas. Com a idade a maioria deles acalmam mesmo, mas é preciso paciência, ensiná-lo o que fazer e o que não pode fazer, e também gerir bem o ambiente (não deixar objectos que não queira ver destruído ao alcance do terminator

Quanto à liderança:
- pede-o para sentar e esperar constantemente, e para comer, sair das portas ou aceder a algum recurso;
- treino com reforço positivo - isto habitua-o a ouvi-lo mais;
- quando insiste em fazer o que quer ou obter o que quer, mostra que não é permitido por pôr-se entre ele e o objecto/espaço proibido (é uma espécie de "isto é meu"), e tente redireccioná-lo para o que é apropriado ou pelo menos para afastar. Pelo menos com o meu cão que é mais dominante, não exaltar e mostrar de uma forma mais calma e assertiva é melhor do que as tradicionais palmadas;
- é importante satisfazer as necessidades de exercício e estímulo mental, pois quando um cão está demasiado energético, é mais difícil de educar.
Quanto à socialização com outras crianças e pessoas, pode levar guloseimas mesmo boas e só para quando ele interage com as pessoas. Faça com que sejam as outras crianças e pessoas a dar-lhe essas guloseimas. Faça isso primeiro com adultos, para que quando for a vez das crianças o processo estar já facilitado (o cachorro já percebe que aproximação de humanos mais guloseimas = humanos a dar-lhe guloseimas).
Se ele tem mesmo tendência para ser agressivo, é mesmo importante socializado bastante e não permitir nenhuma experiência negativa. Aconteceu com o meu com outros cães (cães não atrelados que foram mauzinhos com o meu...), e embora ele agora já está muito melhor, ainda fico a pensar que ainda bem que com pessoas ele não é agressivo.
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O comportamento é normal num animal que não tem sido treinado com consistência e não lhe fizeram perceber quem manda.
Comece já a fazê-lo perceber isso ou torna-se tarde.
Com 4, 5, 6, meses é a fase pior da "parvoeira".
Há que ter paciência, mas se puder, invista em aulas de obediência.
Comece já a fazê-lo perceber isso ou torna-se tarde.
Com 4, 5, 6, meses é a fase pior da "parvoeira".
Há que ter paciência, mas se puder, invista em aulas de obediência.