Que fazer?
Eleito como delegado de cria do SV nas últimas eleições, Helmut Raiser assumiu, logo no discurso de apresentação, posições a meu ver algo radicais quanto ao restabelecimento do equilíbrio da raça, que criaram entre os criadores de linhas de beleza um desconforto tal que levou à sua demissão.
Raiser vem desde há muito insurgindo-se quanto à selecção exclusivamente pela morfologia, que tem levado à degradação do temperamento nas linhas de beleza. Para além disso discorda veementemente das alterações morfológicas que nestas linhas se têm vindo a centuar, designadamente a nível de garupas, linhas dorsais e angulações posteriores, invocando que estão na base de uma perda de funcionalidade na raça.
No seu discurso de abertura. alude a duas medidas significativas:
- a criação de um banco de esperma que possibilite a difusão da progénie dos melhores cães por todo o mundo;
- a introdução de "sangue novo" como forma de melhorar a aptidão do Pastor Alemão. Este termo é bastante ambíguo, havendo quem o interprete como visando a inclusão de sangue de outras raças dotadas de características temperamentais desejáveis. Pessoalmente discordo, embora saiba que já há algumas experiências com malinois visando este objectivo.
Assim, e porque me parece que este é um tema fulcral na discussão do PA actual, gostaria de vos deixar aqui alguns temas para debate:
- estão ou não as inhas de beleza e de trabalho a afastar-se cada vez mais (e por motivos diferentes) do equilíbrio norfo-psicológico definido no standard?
- o que pensam da incorporação de sangue das linhas de trabalho nas linhas de beleza, e vice versa? Quais os aspectos positivos e negativos que é lógico esperar de uma tal medida?
- o que pensam do papel dos criadores de beleza em termos de trabalharem os seus cães?
- finalmente, que tipo de papel pode ter nesta área o clube de raça recém formado aqui em Portugal?
Em minha opinião, estes são pontos básicos na discussão da raça na actualidade. Espero que coincidam comigo nesta apreciação e contribuam com a vossa experiência neste debate.
Cumprimentos
José Carlos
Raiser vem desde há muito insurgindo-se quanto à selecção exclusivamente pela morfologia, que tem levado à degradação do temperamento nas linhas de beleza. Para além disso discorda veementemente das alterações morfológicas que nestas linhas se têm vindo a centuar, designadamente a nível de garupas, linhas dorsais e angulações posteriores, invocando que estão na base de uma perda de funcionalidade na raça.
No seu discurso de abertura. alude a duas medidas significativas:
- a criação de um banco de esperma que possibilite a difusão da progénie dos melhores cães por todo o mundo;
- a introdução de "sangue novo" como forma de melhorar a aptidão do Pastor Alemão. Este termo é bastante ambíguo, havendo quem o interprete como visando a inclusão de sangue de outras raças dotadas de características temperamentais desejáveis. Pessoalmente discordo, embora saiba que já há algumas experiências com malinois visando este objectivo.
Assim, e porque me parece que este é um tema fulcral na discussão do PA actual, gostaria de vos deixar aqui alguns temas para debate:
- estão ou não as inhas de beleza e de trabalho a afastar-se cada vez mais (e por motivos diferentes) do equilíbrio norfo-psicológico definido no standard?
- o que pensam da incorporação de sangue das linhas de trabalho nas linhas de beleza, e vice versa? Quais os aspectos positivos e negativos que é lógico esperar de uma tal medida?
- o que pensam do papel dos criadores de beleza em termos de trabalharem os seus cães?
- finalmente, que tipo de papel pode ter nesta área o clube de raça recém formado aqui em Portugal?
Em minha opinião, estes são pontos básicos na discussão da raça na actualidade. Espero que coincidam comigo nesta apreciação e contribuam com a vossa experiência neste debate.
Cumprimentos
José Carlos
Constato que o assunto deste tópico não parece ser relevante para os entendidos aqui do forum.
Lamento.
Cumprimentos
José Carlos
Lamento.
Cumprimentos
José Carlos
jcsousa Escreveu:
Assim, e porque me parece que este é um tema fulcral na discussão do PA actual, gostaria de vos deixar aqui alguns temas para debate:
Em minha opinião, estes são pontos básicos na discussão da raça na actualidade. Espero que coincidam comigo nesta apreciação e contribuam com a vossa experiência neste debate.
Cumprimentos
José Carlos
Não sou muito entendido mas pelo que vejo e pelo que li acerca do standard da raça as linhas cada vez se afastam mais, isto porque muitos criadores não criam com o intuito de melhorar a raça mas sim de ganhar dinheiro.~- estão ou não as inhas de beleza e de trabalho a afastar-se cada vez mais (e por motivos diferentes) do equilíbrio norfo-psicológico definido no standard?
Acho uma excelente ideia, quanto aos aspectos positivos talvez o de voltar-mos a ter o pastor de antigamente ou seja o dito original PA, os negativos é o aparecimento de alguns defeitos que essa linha tinha e que foram melhorados com o aparecimento das duas linhas- o que pensam da incorporação de sangue das linhas de trabalho nas linhas de beleza, e vice versa? Quais os aspectos positivos e negativos que é lógico esperar de uma tal medida?
Acho que um cão de beleza tambem tem as qualidades de um cão de trabalho, teram que ser os criadores a trabalharem os seus cães concordo em pleno com isso.- o que pensam do papel dos criadores de beleza em termos de trabalharem os seus cães?
O clube tem que ajudar e incentivar todos os criadores para melhorarem a raça, e que não aconteça como alguns clubes que quando começam é só promessas e depois nada fazem.- finalmente, que tipo de papel pode ter nesta área o clube de raça recém formado aqui em Portugal?
Sei que não é das melhores opiniões


O assunto tem interesse só que não há muitos entendidos e por isso limitam-se a não dar opiniãoConstato que o assunto deste tópico não parece ser relevante para os entendidos aqui do forum.
Lamento.
Olá, Sandro. Têm lógica as suas opiniões. Discordo, no entanto, da última... penso que há aqui no forum alguns conhecedores da raça... ou pelo menos penso que o serão...
Pena que não considerem o tema relevante, pois quanto a mim é fulcral em todas as análises sobre o futuro da raça.
Cumprimentos
José Carlos
Pena que não considerem o tema relevante, pois quanto a mim é fulcral em todas as análises sobre o futuro da raça.
Cumprimentos
José Carlos
Boa tarde
Como o forista anterior teve a oportunidade de referir, não são questões para leigos, aliás, penso que sejam questões que se devem colocar com muita frequência aos criadores da raça, categoria na qual não me incluo.
Por mim, nada posso acrescentar com mais valia, pois não tenho o hábito de falar sobre aquilo que não conheço ou que me é dado a conhecer.
Desde já, por isso, agradeço a sua generosidade ao pensar que puderia acrescentar algo às suas interrogações.
WUSV, onde anda? A sua obra já está pronta?
Cumprimentos
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Como o forista anterior teve a oportunidade de referir, não são questões para leigos, aliás, penso que sejam questões que se devem colocar com muita frequência aos criadores da raça, categoria na qual não me incluo.
Por mim, nada posso acrescentar com mais valia, pois não tenho o hábito de falar sobre aquilo que não conheço ou que me é dado a conhecer.
Desde já, por isso, agradeço a sua generosidade ao pensar que puderia acrescentar algo às suas interrogações.
WUSV, onde anda? A sua obra já está pronta?
Cumprimentos
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- Localização: 2 cães, 3 gatos + 1 cão emprestadado
O JCSousa tem citado por várias vezes uma frase do cap. von Stephanitz com a qual eu concordo absolutamente e que diz mais ou menos o seguinte: "Escolham entre os cães que melhor trabalhem, os mais bonitos".
Quanto ao aspecto morfológico, a minha experiência leva-me a priveligiar os cães de linha mais direita. Só tive dois cães de garupa bem inclinada e esses (o Polo primeiro e agora o Bonga) aos sete anos (meia idade do cão) tiveram de deixar de trabalhar por graves problemas de coluna. Não tenho conhecimentos suficientes para saber se no meu caso existe coincidência ou se um PA de garupa inclinada não está apto para trabalho de quinta, mas pelo que se fala, parece-me que não será coincidência e nesse caso, penso que as provas de trabalho com esforço físico do cão deveriam ser tomadas em conta para a selecção de reprodutores.
Quanto ao temperamento é mais difícil de me pronunciar porque se é certo que nas visitas a criadores encontrei alguns com cães medrosos, outros com cães apáticos, outros com cães agressivos por outro lado não faço idéia se tal facto se deve a essas pessoas não terem fornecido os estímulos correctos aos animais.
Partindo do princípio que as minhas suposições estão correctas, não concordo com a mistura das duas linhas nem com inclusão de outras raças. Teóricamente, parece-me que seria suficiente seguir a filosofia do criador desta raça; pegar nos bons PA de trabalho e seleccionar os mais bonitos.
Quanto ao aspecto morfológico, a minha experiência leva-me a priveligiar os cães de linha mais direita. Só tive dois cães de garupa bem inclinada e esses (o Polo primeiro e agora o Bonga) aos sete anos (meia idade do cão) tiveram de deixar de trabalhar por graves problemas de coluna. Não tenho conhecimentos suficientes para saber se no meu caso existe coincidência ou se um PA de garupa inclinada não está apto para trabalho de quinta, mas pelo que se fala, parece-me que não será coincidência e nesse caso, penso que as provas de trabalho com esforço físico do cão deveriam ser tomadas em conta para a selecção de reprodutores.
Quanto ao temperamento é mais difícil de me pronunciar porque se é certo que nas visitas a criadores encontrei alguns com cães medrosos, outros com cães apáticos, outros com cães agressivos por outro lado não faço idéia se tal facto se deve a essas pessoas não terem fornecido os estímulos correctos aos animais.
Partindo do princípio que as minhas suposições estão correctas, não concordo com a mistura das duas linhas nem com inclusão de outras raças. Teóricamente, parece-me que seria suficiente seguir a filosofia do criador desta raça; pegar nos bons PA de trabalho e seleccionar os mais bonitos.
Maria João
Bom dia, o tema é relevante e muito, só que já me tinha desabituado deste forum, ainda bem que voltamos ás lides.
Ora bem o afastamento das duas linhas é evidente, tanto morfológicamente como no carácter, acho que aí estamos de acordo.
A idéia de misturar as duas linhas agrada-me bastante, tanto que já o fiz, agora é só esperar pelos resultados e avaliá-los, no entanto penso que ambas as linhas podem obter beneficios, se calhar mais que maleficios, se cruzarem entre si. De um lado temos cães seleccionados pela sua capacidade natural para trabalhar, a outra linha embora não descurando este aspecto tem tb em conta a morfologia de cada animal, ás vezes com demasiada importancia em relação á capacidade de trabalhar.
O que fiz foi cruzar uma cadela anatómicamente excelente, com um caracter que para trabalhar a classificaria como muito boa, descendente da linha de sangue que melhor e maior quantidade de bons exemplares tem produzido (Odin;Jeck;Ursus;Yasko;Larus, etc), com um macho excelente a trabalhar, muito duro, com uma anatomia excelente, descendente por parte do pai de linhas de trabalho (sò) e por parte da mãe de uma linha que infelizmente quase não tem adeptos, mas que se revela muito sólida anatómicamente (Mutz;Hill), o objéctivo é melhorar o carácter sem perder a anatomia, os resultados prometo que depois direi qq coisa.
Quanto a trabalhar os cães, posso afirmar que em breve isso terá de ser realidade se os nossos criadores quiserem aumentar o nivel da qualidade do PA em Portugal.
Quanto ao papel do PACP, prometo uma resposta mas agora vou pôr o meu pessoal a mexer.
Abraços e beijinhos,
Luis
Ora bem o afastamento das duas linhas é evidente, tanto morfológicamente como no carácter, acho que aí estamos de acordo.
A idéia de misturar as duas linhas agrada-me bastante, tanto que já o fiz, agora é só esperar pelos resultados e avaliá-los, no entanto penso que ambas as linhas podem obter beneficios, se calhar mais que maleficios, se cruzarem entre si. De um lado temos cães seleccionados pela sua capacidade natural para trabalhar, a outra linha embora não descurando este aspecto tem tb em conta a morfologia de cada animal, ás vezes com demasiada importancia em relação á capacidade de trabalhar.
O que fiz foi cruzar uma cadela anatómicamente excelente, com um caracter que para trabalhar a classificaria como muito boa, descendente da linha de sangue que melhor e maior quantidade de bons exemplares tem produzido (Odin;Jeck;Ursus;Yasko;Larus, etc), com um macho excelente a trabalhar, muito duro, com uma anatomia excelente, descendente por parte do pai de linhas de trabalho (sò) e por parte da mãe de uma linha que infelizmente quase não tem adeptos, mas que se revela muito sólida anatómicamente (Mutz;Hill), o objéctivo é melhorar o carácter sem perder a anatomia, os resultados prometo que depois direi qq coisa.
Quanto a trabalhar os cães, posso afirmar que em breve isso terá de ser realidade se os nossos criadores quiserem aumentar o nivel da qualidade do PA em Portugal.
Quanto ao papel do PACP, prometo uma resposta mas agora vou pôr o meu pessoal a mexer.
Abraços e beijinhos,
Luis
Boas, tal como prometido aqui vai a minha opinião sobre o papel do PACP na actualidade do PA em Portugal enquanto criador e amante da raça.
A minha definição de PA baseia-se num cão funcional a todos os niveis, com uma estrutura que lhe permita trabalhar, nas várias áreas, logo terá de ser um cão isento de problemas ao nivel do esqueleto, com uma boa capacidade de resistencia e um desenvolvimento muscular que o permita, equilibrado de caracter, uma vez que terá de "pensar" por si em algumas ocasiões e de aspecto harmonioso, sem discrepancias anatómicas, que se movimente sem esforço mas com uma imagem de força que resulta de bons impulsos e amplitude de passada.
Há que convencer os criadores a fazerem-se sócios, através de incentivos a estes, que poderão ser por exemplo a certificação das ninhadas como ninhadas oriundas de exemplares controlados pelo PACP e que cumprem as regras estabelecidas para a criação desta raça, de origem conhecida e comprovada,o que permitirá uma maior confiança do futuro proprietário, porque o clube de raça aprovou os pais e verificou a coincidencia ou não dos cachorros com o estalão da raça. Realização de seminários com informações sobre as linhas de sangue, os cuidados que se deverão ter no estudo e planeamento de um acasalamento.
Apoios logisticos, nomeadamente a certificação de treinadores em vários pontos do país para facilitar o acesso e treino dos exemplares, criação de um evento especifico de cria onde se elegeriam ps melhores reprodutores nacionais, a ideia de participar na construção de um banco de sémen dos melhores reprodutores mundiais é muito interessante, acho que iria proporcionar o acesso a esse sémen de muito mais criadores, gosto muito.
Controlo imediato das ninhadas nascidas e das displasias dos reprodutores. seria o minimo para começar.
Realização de provas e monográficas com juizes da SV para defenir desde já um ponto da situação em POrtugal e ao mesmo tempo um ponto de partida para um programa de desenvolvimento da raça.
Quanto a mim há que vêr o que temos e em que condições se encontra para depois poder pegar nisso e desenvolver, e penso que neste momento o nivel de PAs em Portugal melhorou nos últimos anos em qualidade, muito embora alguns cruzamentos efectuados façam depois regredir as coisas, temos acesso e possuimos bons exemplares mas não os sabemos reproduzir, porquê? porque até agora os apoios e ascondições para isso acontecer, não foram criadas, estamos a criar para o boneco, os nossos cachorros não têm credibilidade nenhuma, antes pelo contrário. Porque até agora ninguém estabeleceu regras para esses cruzamentos, cria-se como calha, muitas vezes sem conhecer os HDs dos progenitores, isto é um crime, é estragar o trabalho de muita gente e adulterar a raça, ás tantas estamos a reproduzir e aperfeiçoar defeitos genéticos.
Isto já vai longo, peço desculpa.
Abraços,
Luis
A minha definição de PA baseia-se num cão funcional a todos os niveis, com uma estrutura que lhe permita trabalhar, nas várias áreas, logo terá de ser um cão isento de problemas ao nivel do esqueleto, com uma boa capacidade de resistencia e um desenvolvimento muscular que o permita, equilibrado de caracter, uma vez que terá de "pensar" por si em algumas ocasiões e de aspecto harmonioso, sem discrepancias anatómicas, que se movimente sem esforço mas com uma imagem de força que resulta de bons impulsos e amplitude de passada.
Há que convencer os criadores a fazerem-se sócios, através de incentivos a estes, que poderão ser por exemplo a certificação das ninhadas como ninhadas oriundas de exemplares controlados pelo PACP e que cumprem as regras estabelecidas para a criação desta raça, de origem conhecida e comprovada,o que permitirá uma maior confiança do futuro proprietário, porque o clube de raça aprovou os pais e verificou a coincidencia ou não dos cachorros com o estalão da raça. Realização de seminários com informações sobre as linhas de sangue, os cuidados que se deverão ter no estudo e planeamento de um acasalamento.
Apoios logisticos, nomeadamente a certificação de treinadores em vários pontos do país para facilitar o acesso e treino dos exemplares, criação de um evento especifico de cria onde se elegeriam ps melhores reprodutores nacionais, a ideia de participar na construção de um banco de sémen dos melhores reprodutores mundiais é muito interessante, acho que iria proporcionar o acesso a esse sémen de muito mais criadores, gosto muito.
Controlo imediato das ninhadas nascidas e das displasias dos reprodutores. seria o minimo para começar.
Realização de provas e monográficas com juizes da SV para defenir desde já um ponto da situação em POrtugal e ao mesmo tempo um ponto de partida para um programa de desenvolvimento da raça.
Quanto a mim há que vêr o que temos e em que condições se encontra para depois poder pegar nisso e desenvolver, e penso que neste momento o nivel de PAs em Portugal melhorou nos últimos anos em qualidade, muito embora alguns cruzamentos efectuados façam depois regredir as coisas, temos acesso e possuimos bons exemplares mas não os sabemos reproduzir, porquê? porque até agora os apoios e ascondições para isso acontecer, não foram criadas, estamos a criar para o boneco, os nossos cachorros não têm credibilidade nenhuma, antes pelo contrário. Porque até agora ninguém estabeleceu regras para esses cruzamentos, cria-se como calha, muitas vezes sem conhecer os HDs dos progenitores, isto é um crime, é estragar o trabalho de muita gente e adulterar a raça, ás tantas estamos a reproduzir e aperfeiçoar defeitos genéticos.
Isto já vai longo, peço desculpa.
Abraços,
Luis
Boa tarde, Luís.
A cruza que referiu vai no sentido da minha pergunta.
Mas eu pondero neste momento ir mais além, e só não o fiz antes devido a problemas particulares - incorporar uma fêmea de linhas de trabalho com Kkl 1, spitzen V, como se costuma dizer... para um projecto a longo prazo.
Gostaria de discutir este tema, no que se refere a vantagens e inconvenientes, embora tenha as minhas ideias próprias sobre o assunto.
Cumprimentos
José Carlos
A cruza que referiu vai no sentido da minha pergunta.
Mas eu pondero neste momento ir mais além, e só não o fiz antes devido a problemas particulares - incorporar uma fêmea de linhas de trabalho com Kkl 1, spitzen V, como se costuma dizer... para um projecto a longo prazo.
Gostaria de discutir este tema, no que se refere a vantagens e inconvenientes, embora tenha as minhas ideias próprias sobre o assunto.
Cumprimentos
José Carlos
Boas, incorporar sangue completamente novo, um outcross numa linha já estabelecida, é isso?
Poderá ser muito benéfico para corrigir defeitos genéticos ( pêlos compridos, malhas e unhas brancas, etc ), e trazer mais "alma" á descendencia, no imediato se calhar irá perder algumas caracteristicas desejáveis (linha dorsal, côr, as caracteristicas que pouco contaram na selecção das linhas de trabalho), julgo no entanto que a longo prazo, isto é ao fim de 2 ou 3 gerações os resultados compensarão o tempo investido, tenho essa convicção. Volto a frisar que as duas vertentes poderão beneficiar-se mutuamente.
Tanto quanto sei já existem alguns criadores (acho que maioritáriamente de Leste) a fazerem isso, com a abertura ao ocidente foi-lhes proporcionado o acesso aos melhores reprodutores de beleza, e se calhar como o dinheiro envolvido compensava proporcionou-se, desta vez acho que os euros ajudaram a raça, quanto a resultados, não os conheço, perdi-lhes o rasto.
Era a este tipo de cruzamento que se referia JCSousa?
Abraço,
Luis
Poderá ser muito benéfico para corrigir defeitos genéticos ( pêlos compridos, malhas e unhas brancas, etc ), e trazer mais "alma" á descendencia, no imediato se calhar irá perder algumas caracteristicas desejáveis (linha dorsal, côr, as caracteristicas que pouco contaram na selecção das linhas de trabalho), julgo no entanto que a longo prazo, isto é ao fim de 2 ou 3 gerações os resultados compensarão o tempo investido, tenho essa convicção. Volto a frisar que as duas vertentes poderão beneficiar-se mutuamente.
Tanto quanto sei já existem alguns criadores (acho que maioritáriamente de Leste) a fazerem isso, com a abertura ao ocidente foi-lhes proporcionado o acesso aos melhores reprodutores de beleza, e se calhar como o dinheiro envolvido compensava proporcionou-se, desta vez acho que os euros ajudaram a raça, quanto a resultados, não os conheço, perdi-lhes o rasto.
Era a este tipo de cruzamento que se referia JCSousa?
Abraço,
Luis
Bom dia, de facto referia-me a incorporação de sangue de linhas de trabalho, embora de exemplares com selecção de primeira.
Como você diz, penso que de início haverá sérios riscos de perda de homogeneidade, mas que poderia ir sendo corrigida ao longo das gerações futuras, mantendo a capacidade para trabalhar.
Também na Alemanha Ocidental há criadores de beleza que incorporaram linhas de trabalho. Penso que o H. Buss o fez recentemente. Possivelmente irá perder-se alguma coisa em estrutura e temperamento, mas penso que será uma opção para conseguir um ponto de equilíbrio entre as duas vertentes.
Cumprimentos
José Carlos
Como você diz, penso que de início haverá sérios riscos de perda de homogeneidade, mas que poderia ir sendo corrigida ao longo das gerações futuras, mantendo a capacidade para trabalhar.
Também na Alemanha Ocidental há criadores de beleza que incorporaram linhas de trabalho. Penso que o H. Buss o fez recentemente. Possivelmente irá perder-se alguma coisa em estrutura e temperamento, mas penso que será uma opção para conseguir um ponto de equilíbrio entre as duas vertentes.
Cumprimentos
José Carlos
"Possivelmente irá perder-se alguma coisa em estrutura e temperamento, mas penso que será uma opção para conseguir um ponto de equilíbrio entre as duas vertentes. "
Penso que a estrutura se manterá embora se calhar aparecerão garupas mais curtas que terão de ser melhoradas, quanto ao temperamento acho que não se perderá, acho que nesse ponto especifico as linhas de beleza terão muito a ganhar com a introdução de carácteres mais duros.
Nesta altura também penso ser uma muito boa hipótese de melhorar a raça, teremos de esperar por resultados.
Abraço,
Luis
Penso que a estrutura se manterá embora se calhar aparecerão garupas mais curtas que terão de ser melhoradas, quanto ao temperamento acho que não se perderá, acho que nesse ponto especifico as linhas de beleza terão muito a ganhar com a introdução de carácteres mais duros.
Nesta altura também penso ser uma muito boa hipótese de melhorar a raça, teremos de esperar por resultados.
Abraço,
Luis
jcsousa Escreveu:
Eleito como delegado de cria do SV nas últimas eleições, Helmut Raiser assumiu, logo no discurso de apresentação, posições a meu ver algo radicais quanto ao restabelecimento do equilíbrio da raça, que criaram entre os criadores de linhas de beleza um desconforto tal que levou à sua demissão.
Raiser vem desde há muito insurgindo-se quanto à selecção exclusivamente pela morfologia, que tem levado à degradação do temperamento nas linhas de beleza. Para além disso discorda veementemente das alterações morfológicas que nestas linhas se têm vindo a centuar, designadamente a nível de garupas, linhas dorsais e angulações posteriores, invocando que estão na base de uma perda de funcionalidade na raça.
No seu discurso de abertura. alude a duas medidas significativas:
- a criação de um banco de esperma que possibilite a difusão da progénie dos melhores cães por todo o mundo;
- a introdução de "sangue novo" como forma de melhorar a aptidão do Pastor Alemão. Este termo é bastante ambíguo, havendo quem o interprete como visando a inclusão de sangue de outras raças dotadas de características temperamentais desejáveis. Pessoalmente discordo, embora saiba que já há algumas experiências com malinois visando este objectivo.
Assim, e porque me parece que este é um tema fulcral na discussão do PA actual, gostaria de vos deixar aqui alguns temas para debate:
- estão ou não as inhas de beleza e de trabalho a afastar-se cada vez mais (e por motivos diferentes) do equilíbrio norfo-psicológico definido no standard?
- o que pensam da incorporação de sangue das linhas de trabalho nas linhas de beleza, e vice versa? Quais os aspectos positivos e negativos que é lógico esperar de uma tal medida?
- o que pensam do papel dos criadores de beleza em termos de trabalharem os seus cães?
- finalmente, que tipo de papel pode ter nesta área o clube de raça recém formado aqui em Portugal?
Em minha opinião, estes são pontos básicos na discussão da raça na actualidade. Espero que coincidam comigo nesta apreciação e contribuam com a vossa experiência neste debate.
Cumprimentos
José Carlos
ISTO FOI TIRADO DA NET
Talvez lhe possa servir para alguma coisa aqui para o seu topico.
Não lhe vou citar o autor pois o mesmo não se assinou. Esta em Espanhol mas dá para perceber!
Entrevista a Helmut Raiser
Inmediatamente después del final de un muy exitoso seminario (21,22 y 23 de abril de 2000), nos acercamos al Dr. Raiser con una solicitud de entrevista. Esperábamos un tipo de artículo sencillo, debido a que pensábamos que él podía estar un poco cansado después de pasar tres días corriendo en torno a un campo de schutzhund. Cuando terminó, ¡la adrenalina comenzó a subir!. Tanto si usted cree en lo que él dice, como si no le importa, lo que es innegable es su pasión por el deporte del schutzhund así como por la raza Pastor Alemán.
1. Historia.
Wyvern Schutzhund Group: ¿A que edad comenzó usted con los perros?
Helmut Raiser: Comencé con los perros cuando era un chaval de 14 años. Siempre quise tener un perro pero mi madre no lo permitió. Mi padre sin embargo, entendió mis deseos. Era domador de caballos y herrero, probablemente sea de donde viene mi aprecio por los animales. Bueno, me trajo una perra mestiza, pero tuvimos grandes problemas con ella, manteniéndola alejada de los machos cuando estaba en celo. De manera que nos decidimos por un macho. Leí muchos libros y decidí que un Dobermann sería el perro apropiado para mí. Había un campeón alemán viviendo cerca y mi padre organizó la compra. En ese momento tenía 16 años y ese fue mi primer schutzhund. Leí muchos libros de adiestramiento e intenté adiestrar a este perro como se explicaba en esos libros. Hubo muchas pruebas y errores y no conocía a nadie que pudiera enseñarme. Cuando el perro tenía aproximadamente dos años, fui a un club canino. No tenía coche, ni permiso así que mi hermana me llevaba un par de veces por semana donde entrenábamos. Finalmente me presenté a mi primera prueba.
Entonces era un guía joven y estaba arriba compitiendo con guías más experimentados. En ese momento se me acercó uno de los figurantes veteranos y me dijo que podría llegar a ser un buen guía. A la sazón le pregunté quien había ganado. El me dijo que había ganado yo. Yo había recibido la mayor puntuación de la prueba. Desde el principio estuve orgulloso de competir con guías adultos.
Digo esto porque muchos piensan que necesito Grupos Jóvenes. Yo no pienso de esa manera. Estás muy orgulloso cuando eres joven de poder competir con adultos. Debes tener una mentalidad especial para este deporte, y debes ser también un hombre "joven". Este no es un deporte para que lo practiquen niños. En este club hice un amigo, se llamaba Klaus Huber y fue la primera persona que me introdujo en el adiestramiento canino avanzado. Como era bastante "deportista" en mi juventud, siempre me vi haciendo el trabajo de figurante. Después de un tiempo, hice de figurante por vez primera en una prueba. Me sorprendí cuando todos los perros huyeron. Cuando, con mi actitud dije "fuera de aquí".... ellos se marcharon. Era un adiestramiento diferente entonces; no trabajábamos con "presa" o métodos de estos. Trabajábamos con "conflicto" y "defensa". Bueno, cuando amenacé a esos perros, todos huyeron. Así que en ese momento, fui considerado un figurante "peligroso" y todos quisieron entrenar conmigo. Así que este fue el principio, la gente vino y yo trabajé muchos perros. Algunos años mas tarde, fui a estudiar a Gottingen. Klaus Huber me dijo que cuando fuera, debía pasarme por Weende. Dijo que Guenther Washausen y Wolfgang Bechtold estaban allí y eran los mejores de la zona. Así que cuando llegué fue cuando comenzó el verdadero deporte canino. Fuenther y Wolfgang me llevaron a todas partes y me contaron todo acerca del SV. Comencé en el DVG, pero fue en el club SV en el que encontré buenos amigos y tuve buenos momentos. Los tres, Wolfgang, Guenther y yo deliberamos mucho sobre el adiestramiento canino, pero un gran adelanto llegó la primera noche en ese Ortsgruppe. La escuela tenía un perro muy fuerte que nadie podía manejar, así que permanecí en el criadero todo el tiempo. ¿Este perro era demasiado fuerte!. Por consiguiente, Guenther lo compró, pero ellos no podían conseguir que el perro ladrara. Yo dije "Todos los perros pueden ladrar". Ellos se rieron de mi y me retaron a "¡Hacerlo!". Así que me puse mi traje y me fui al escondite (revier), tenía una caja. Cuando llegó el perro se la puse en la boca y el perro se fue "ladra, ladra, ladra....." ellos estaban entonces mirándose el uno al otro, preguntando ¿Qué sucedió? Deje que el perro mordiera y dije ¿Esto es demasiado difícil?. En ese momento no tenía conocimiento de mis posibilidades, pero pensé que tenía un "feeling" para esto. Entonces tuve suerte. En la zona había un hombre llamado Bernard Mannel, era el padre del deporte canino moderno. Fue el primero en describir el "instinto de presa" y el "instinto de defensa". Reflexioné sobre la idea de la "presa"; de enseñar a un perro a ladrar permitiéndole morder. En la actualidad está retirado. Fue juez del SV, pero le echaron porque estaba treinta años por delante de todos los demás. Somos todavía muy buenos amigos y Bernard ahora está muy orgulloso de mí. Me encontré con él de nuevo hace algunas semanas y me dijo: "Cuando veo lo que estás haciendo en este club, realmente me gustaría ser 50 años más joven y empezar otra vez".
Cuando estaba estudiando para profesor (eso fue antes de llegar a la odontología), tenía clases de Biología y estudié Etología, Filosofía y Sicología. Incorporé esto al deporte canino, preguntándome si tenía algo que ofrecer. Fue así como comenzamos a idear un método. Tras tres o cuatro años en Gottingen, sucedió que podía ser figurante en una prueba donde el Director de Adiestramiento de la Zona era el juez. El me vio y me felicitó por mi trabajo de figurante diciendo: "Debes hacerte maestro figurante". Le pregunté a Guenther acerca de ello y él dijo "¡Sí!. ¡Debes hacerlo!. Estuve de acuerdo, pero después comprendí que un maestro figurante es alguien que no enseña, sino que solo va a las pruebas como figurante profesional. En ese momento, nosotros tres teníamos muchas ideas acerca de la "presa", el "refuerzo" etcétera. Me dije "Soy maestro figurante, así que enseñaré".
Hacia 1976, me senté con una máquina de escribir y redacté 20 páginas sobre nuestros métodos con "presa", "defensa", como canalizar la defensa en la presa etcétera.
Tuve suerte en el 79 porque este fue el año en que gané mi primera Bundessieger con Vargo (V. Seebachtal). Fue cuando mi libro (Der Schutzhund) fue publicado, por lo tanto, este método de adiestramiento significó un gran adelanto. Esta fue la primera vez que alguien ganaba y escribía un libro sobre como adiestrar perros. Si... realmente supuso un gran avance.
WSG: ¡Estuvo muy bien calculado!.
HR. Para mí significo mucho. Nunca más sería capaz de decir nada antes de demostrarlo. Fue un momento feliz. Me quedo sorprendido cuando miro hacia atrás y veo lo que escribí en ese libro. Fue el momento en que cambiamos el adiestramiento. Vimos las ventajas de la "presa" y cambiamos todo el trabajo de defensa por el de presa. ¿Fuimos "fanáticos" de la presa!. Después de algunos años y de hacer algunos perros más comprendimos que debíamos volver a la defensa y a la agresión.
Paulatinamente, con el paso de los años, nuestro conocimiento aumentó y decidí hacer una actualización. Esta actualización fue la película "Der Schutzdienst" (1985). Creo que copias "piratas" de esta película debe de haber por todo el mundo. La calidad de la película original no era muy buena, así que cuando miro una de esas copias, ¡No consigo ver nada!. Posteriormente en 1995 publicamos "Pressing in Schutzdienst". Esto era totalmente nuevo. Tuve una idea acerca del "pressing" y del "enfoque" de la energía y consideré que debía publicarla.
WSG: Hablemos de sus perros.
H.R.: El primer año que me presente a la Bundessieger (1978), tenía a Mara (V. Busecker Schloss) y me clasifiqué quinto con 95, 100, 99 y tuve algo de mala suerte debido a que no recogió el último objeto de la pista, porque perdí la concentración demasiado pronto. Luego volví al año siguiente (79) y gané con Vargo (v. Seebachtal). Luego en 1980 regresé con Sagus (V. Busecker Schloss) porque prometí a Alfred Hahn que adiestraría un perro para él. Cada año volvía con un perro nuevo. Luego en 1981 me presenté con mi Drechsler (V. Warnautal). Lo presenté a la Bundessieger 6 veces, siempre clasificándome cerca de la cabeza, consiguiendo ganarla por segundo año (82). Fue fácil para mí en ese momento, porque mis métodos no estaban demasiado extendidos. Hoy en día todo el mundo los usa.
WSG: ¿Existe más competencia ahora?.
H.R.: ¡Sí! Mucha más competencia. Más tarde (91), llegué con Anker (V. Ursania). Lo presenté 5 años. Era hijo de Drechsler. Luego en los últimos años empecé a tener problemas de salud con los perros. Tuve un perro Asso (V. Zypresshain) durante un año (95) pero tuve que sacrificarlo, porque tenía muy mal la columna. El año pasado (99) fui otra vez con mi nuevo perro Raiser (V. Ankenrutt), yo le llamo Rasmus. Espero divertirme con este perro los próximos años.
WSG: ¿De los perros con los que usted ha competido, existe un favorito?.
H.R.: Bien, no existe un perro de mis sueños. He estado en todas las partes del mundo y todavía no encontré ese perro. Lo que me interesa es el carácter individual de cada perro. Lo más agradable para mí es criar un perro, influyendo sobre él. Intento conferirle un carácter orgulloso y dominante. Con esto es con lo que disfruto. Lo primero que he dicho en el seminario ha sido que debemos divertirnos. Estoy muy orgulloso de los perros que he criado. Me he adaptado a la Bundessieger. La mayoría de los guías de la Bundessieger compran un buen perro para luego adiestrarlo. Hay muy pocos que críen y adiestren a sus perros. Me gustan las grandes pruebas, pero cuando tienes éxito y un gran nombre para ir a ellas, es muy estresante. Todas las mañanas antes de una gran prueba, estoy nervioso y me pregunto "¿Debo hacer esto?". Pero todavía existe "placer" en ello. La parte más agradable está en criar el perro y hacer de él un buen trabajador. Muchos no entienden porqué competí con un perro como mi Anker (V. Ursania) durante cinco años. Todos decían que no era mi modelo habitual. Yo decía: "Bien... este es el perro que tengo". Así que intento superarme. Por supuesto que me gusta competir en la Bundessieger, pero para ganar necesitas un perro muy bueno. Así que tengo dos opciones 1. Buscar el resto de mi vida el perro adecuado, o 2. Trabajar con lo que tengo. De todas formas, no necesito ganar la Bundessieger otra vez. La he ganado un par de veces y se más o menos lo que significa. Igualmente, tampoco tengo el tiempo para el mucho trabajo necesario para competir en lo más alto.
WSG: ¿Ha considerado alguna vez practicar cualquier otro deporte canino? "Ring" por ejemplo.
H.R.: Si empezase en otro deporte, tendría que hacerlo desde el principio. Me gusta el suchzthund, tengo experiencia en él. ¿Por qué querría cambiar? Hay un refrán que dice: "Zapatero a tus zapatos".
WSG: ¿Existen más objetivos a los que usted aspire?.
H.R.:No, ¡la forma es el objetivo!. El trabajo en mi club, el trabajo con mis amigos, forjar nuevos perros. Luego por ejemplo venir a Inglaterra, conocer nuevos amigos, aprender más sobre el deporte canino a nivel mundial. Cuando he estado en Finlandia, Noruega, Suecia o España o en cualquier otro lugar y años después un amigo ha obtenido un buen puesto en los Campeonatos Mundiales, me siento orgulloso de ello. Si recibo una carta de alguien que ha ganado o se ha clasificado bien, diciendo "Muchas gracias por el conocimiento que usted me ha proporcionado..." Me hace enorgullecerme. Si obtienes esta recompensa, no necesitas ganar tu mismo. Para ganar necesitas tiempo y energía y debes invertir más en ello. Yo no lo hago ahora. Cuando comencé mi carrera profesional, dije que llegaría a ser mejor odontólogo que adiestrador canino. Así que toda mi energía está en mi trabajo. Mis prioridades son: 1. Mi familia, 2. MI trabajo. 3. El deporte canino, en este orden
WSG: ¿Existen otras razas con las que usted se haya implicado además del Pastor Alemán?.
H.R.: Como dije al principio, mi primer perro fue un Dobermann. Si pudiera conseguir un Dobermann con las orejas cortadas y la calidad de un Pastor Alemán preferiría el Dobermann, porque me gusta su físico. Pero, la raza ha perdido ímpetu, debido a todas las normas de cría. Parta mí, mi favorito es el Pastor Alemán debido a su calidad. Aunque en este momento, tengo dudas, dado que la raza Pastor Alemán está enfermando. Ahora es muy difícil encontrar un perro que sea capaz de andar y de moverse sin dolor después de los seis años de edad. Esta es la edad a la que se debería empezar a competir (tras cuatro años de educación). Ahora a los seis años, ¡están destrozados!. Tenemos muchos problemas con el Pastor Alemán, por consiguiente ahora estoy pensando en un cruce entre Pastor Alemán y Malinois. El Malinois tiene muy buen carácter para el trabajo. Muchos de mis amigos se han pasado al Malinois porque existen muy, muy buenos perros. Ahora lo más importante para mí es la salud y estamos teniendo problemas con los Pastores Alemanes. Cuando hablé acerca de los criadores de belleza, los cuales no han producido nada aprovechable para la selección del perro de trabajo... podría sonar como a que las líneas de sangre de trabajo son excelentes, y son las mejores pero eso no es cierto. Tenemos grandes problemas de salud. He observado durante 30 años que hemos cometido un gran error. Hemos seleccionado perros con problemas de salud. Actualmente tenemos perros con muy buenos instintos, aunque debido a la discriminación, por el contrario muchos perros carecen de agresión en su material genético. Hemos sustituido esa "falta" de agresión por un hipertrófico instinto de presa. En el seminario, dije que criar un buen perro de fuerte carácter, significa enseñar al perro a superar los problemas. A afrontar directamente sus conflictos. Da igual si crías perros, niños o cualquier otra cosa, si quieres criar un buen carácter, deben aprender a manejar los problemas. Ahora hablemos de la selección en los últimos 30-40 años (o más). Seleccionamos caracteres fuertes con mucho instinto en el perro de trabajo. Pero ¿Por qué muestran esta fuerza?. No nos hemos preguntado por ese "paso atrás". Hemos producido un perro de pastor que tiene unas formas muy apropiadas. Este es un perro con una espalda curvada. Para conseguir esa espalda curvada hemos "cambiado" los huesos. Al final... cuando se cambian los huesos, crecen por cualquier otra parte menos por donde deben. Sólo hemos mirado en una dirección y el hueso crece en tres dimensiones. Si no nos damos cuenta de esto, el canal de la espina dorsal llega a estrecharse. Con nuestra selección, los huesos crecen hacia donde no deberían hacerlo. Cuando el hueso crece, interfiere en los nervios.... Esto es la Espondilosis. También tenemos un problema con la Cauda Equina. Esta actúa donde la vértebra lumbar confluye con la vértebra sacra. En muchos perros, esta zona no está limpia. Está "torcida" hacia abajo, sin espacio para el nervio. Así cuando el perro es joven el hueso tiene una capa "resbaladiza" y a medida que el hueso envejece la capa resbaladiza se calcifica. ¿Entonces que sucede?. El nervio fluye ya por un canal demasiado pequeño. Mientras el perro es joven, el nervio se sitúa sobre la capa resbaladiza, pero cuando envejece, el hueso se calcifica y entonces es como un papel de lija. ¿Qué sucede cuando el nervio se encuentra permanentemente sobre una lija? Actúa como un collar eléctrico en el nivel 1. Cuando el perro envejece existe una inflamación en el nervio. El nervio se tensa más. El hueso envejece más, con más calcificación. Entonces de repente la función del nervio se detiene debido a que la membrana se rompe. Esto es lo que hemos hecho con la selección, en particular con los perros que muestran esto. Si la inflamación no es demasiado acusada, el perro aparenta más instinto, se vuelve más frenético, muestra más actividad, porque siempre existe estímulo en su espalda. Si hay más dolor en la espalda cuando se mueven, entonces existen dos posibilidades; si hay menos instinto, se vendrá abajo. Evitación. Y no se debería utilizar este perro para la cría. Solo el perro con instintos "fuertes" subirá sus instintos tras ese "golpe" en la espalda. Os demostré esto en el seminario; estimulando al perro, logras más instinto. "Presionando" al perro consigues más instinto. Y todos esos perros, debido a esa "presión" en la columna, tienen mucho instinto. Así que hemos seleccionado perros con alto instinto y con esa molestia. Estos son perros muy fuertes. Observa a esos perros. Casi nunca tienes perros para las tres disciplinas (rastreo, obediencia y protección). Tienes perros que son buenos en obediencia, pero no son buenos en protección. Y un perro muy bueno en protección se bloqueará en obediencia. Tampoco pueden hacer el "sit". Observa los Campeonatos Mundiales o la Bundessieger, muchos perros no realizan el ejercicio de "sit" ¿Por qué no?. Es un ejercicio sencillo. ¿Por qué Helmut Raiser, Franz Gugnon, Harou Masuda, todos esos guías inteligentes no pueden enseñar un ejercicio de "sit"? ¿Por qué el perro no se sienta? Porque si se sienta sobre "clavos".... le duele. Me ha llevado 25 años darme cuenta que hemos estado seleccionando perros con molestias en la espalda. Pensábamos que estábamos seleccionando perros fuertes con altos instintos, pero estábamos seleccionando a estos con un dolor en la espalda. Todas nuestras buenas líneas de sangre, de las cuales existe solo un puñado, están repletas de este problema. Calcularía que están en torno al 90%. Observando la media de edad de los perros de Pastor Alemán cuando los presentan a las grandes pruebas, nunca verás un perro de 8 años. ¿Por qué no? Esta debería ser la edad ideal, todos los temas están fijados, y el perro ha madurado. Pero solo ves perros de 4, quizás 5 años. Podría solo realizar el trabajo de seguimiento en la obediencia porque después que salte la valla podría quedarse solo sobre tres patas. Mi perro tiene el mismo problema cuando apoya su pata trasera izquierda. Así que hemos estado seleccionando buenos instintos, con molestias en la espalda. Se tenía que tomar una decisión ¿mucho o poco instinto? Con poco instinto, el perro no muerde, huye. Con mucho instinto se obtiene mucho dolor. Se necesita más instinto para sobreponerse al dolor. Así que hemos seleccionado perros con más dolor. Hace 10 años, los perros se venían abajo a los 4 años, hoy en día lo hacen a los 2.
WSG: ¿No tiene el Malinois los mismos problemas?
HR; ¡No lo sé! Pero la gente del Malinois es lista. No radiografían. No lo necesitan. Si un perro puede saltar sobre un muro recto de 2.2 metros a los 10 años de edad, entonces no necesitas radiografías. Han estado intentando mejorar las caderas durante 40 años, no lo han conseguido. Pero la columna vertebral se ha empeorado. La razón fue la Espondilosis y la Cauda Equina, y estas nunca las buscamos. Tras los primeros 10 años, triunfaron con las caderas. Ahora tenemos un sistema de puntuación para las ellas. Tenemos todo lo que hemos conseguido en las caderas. Hemos sido firmes con las caderas durante 30 o 40 años. Esto no ayuda, sino que la Espondilosis y la Cauda Equina están poniendo a los perros más y más enfermos.
3. Gran Bretaña
WSG: Debió tener algún concepto sobre Gran Bretaña y los perros británicos antes de que usted viniese. Puede usted comparar los conceptos de entonces con los de ahora tras el seminario de tres días.
HR: Admito que tuve curiosidad sobre lo que ocurría aquí. Hasta hace 6 meses, no tenía idea de que el deporte canino existiese en Inglaterra. Sólo conocía la cuarentena, por consiguiente no hubo contacto, ninguna conexión. Me extrañé cuando recibí la invitación para este seminario. Supe desde Finlandia, donde hice una visita en 1990, que la influencia de los Pastores Alemanes de belleza británicos es toda una porquería. No esperaba mucho. Esperaba columnas vertebrales curvadas, orejas aplanadas, y perros flojos. Así que eso es lo que esperaba después de recibir esta invitación, eso y poco más. Cuando vine aquí Mike (Seddon) me dijo "No tenemos gran cantidad de buenos perros, pero alguno es muy aprovechable" Entonces, el primer día, coloqué a los perros en el poste y solo traté de obtener una idea de la calidad del perro (y hacer algo de trabajo de agarre) Tras el primer día caí en la cuenta de que había aquí algún perro muy bueno. ¡También, que no lo conocen todo..... no lo han visto todo! ¡Y lo copian todo! Pero no lo saben todo. Pero el deporte canino existe hoy en día "en todo el mundo". Aquí vi un deporte canino de un nivel muy alto, muy buenos perros y buenos figurantes. Me alegré de que acudiesen al seminario buenos figurantes. Algunas veces los buenos figurantes no vienen a los seminarios por si acaso se les critica. Paul (Flanagan) y Tim (Lawrence), eran dos figurantes realmente buenos. Así que podía quedarme al lado de los guías, lo cuál es bueno, porque el trabajo del guía es importante para la mejora del perro. Para responder a su pregunta, he quedado impresionado por el conocimiento que ustedes tienen, de los perros que ustedes tienen, y de la gente que asistió; como han respondido.
http://www.caesdetrabalho.net/ARTIGO%202.htm
viste este endereço talvez lhe sirva para aprender algo.
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Bom dia
Desculpem a ignorância mas ainda não consegui ver qual é a vantagem de despejar artigos retirados da internet , sem que a própria pessoa que faz isso não consegue explicar isso mesmo
Ana Paula Moreira
Desculpem a ignorância mas ainda não consegui ver qual é a vantagem de despejar artigos retirados da internet , sem que a própria pessoa que faz isso não consegue explicar isso mesmo


Ana Paula Moreira