Sou uma nova membro deste fórum. Neste momento, não tenho qualquer amigo de estimação, mas sempre tive imensos animais em casa, como galinhas, patos, coelhos, cães, gatos, tartarugas, peixes de água doce e de água salgada, piriquitos e canários. Neste momento, vivo sozinha e sinto alguma falta em ter companhia quando chego a casa. Por isso, tenho vindo a ponderar acolher um amigo de estimação. Infelizmente, neste momento e por causa do meu emprego, passo muito tempo fora de casa (estou fora das 7H às 19H, durante 5 dias por semana), e esse é o meu principal detrimento. Tirando isso, penso ser muito capaz de adoptar um animal.
Tenho vindo a pensar bastante nisto, porque à pouco tempo ganhei carinho por um cão (cãozarrão, gigante dócil e simpático!), que não estando maltratado, é um pouquinho desprezado pelo dono. É um Retriever do Labrador amarelo adulto, que o dono tem preso na oficina de mecânica que é proprietário. O animal está bem alimentado e com um aspecto muito saudável, mas eu digo que está desprezado, pois passa o dia inteiro preso a um corrente que apenas lhe permite caminhar até à água e comida, e claramente ninguém lhe liga nenhuma. Eu reparei nisso, porque, quando lá levei o meu carro pela primeira vez, ele mostrou-se muito curioso ao ver alguém diferente, mas nunca agressivo, nem sequer ladrou, o que até me fez questionar um dos mecânicos se aquele seria o cão de guarda, porque me parecia que não era lá muito bom na sua função

A resposta do senhor foi negativa e explicou-me que aquele era apenas um cão que o patrão tinha em casa, mas que tinha crescido para além das expectativas da família e como já não o queriam lá, resolveram levá-lo para a oficina. Nisto, resolvi brincar um bocadinho com ele. Assim que me aproximei e ao princípio, ficou bastante assustado, assumindo logo uma postura muito submissa (deitou-se no chão, expondo o ventre e o peito, e os seus olhos estavam muito aberto e não fixavam os meus), mas assim que ganhou um pouco de confiança na brincadeira que eu lhe estava a oferecer, mudou logo de atitude e retribuíu com saltos, latidos, abanadelas de cauda e dentadinhas nos atacadores das sapatilhas. Em suma, apesar de um pouco brutinho, como um cachorro grande, é um animal extremamente simpático!
Bom, isto tudo para dizer que GOSTAVA imenso de convencer o dono da oficina e do cão a me deixar adoptá-lo! Mas claro que não posso tomar uma decisão destas e que pode provocar uma mudança de 180º na minha vida sem ser devidamente esclarecida e aconselhada por quem mais sabe! É, para já, isto mesmo que procuro aqui: um conselho realista sobre o que devo fazer, para que adoptar este ou qualquer animal seja uma responsabilidade divertida e não um problema sem solução fácil!
Obrigada pela vossa atenção!
Um abraço,
Licínia