Bom dia ,
vocês já repararam que eles , entre si, conseguem ser muito mais fiéis que nós "humanos".
Pois é tenho em casa um bom exemplo de como eles são preocupados e fieis.
O Nico já lá estava quando a Missy chegou , e como gato , não lhe achou muita graça. Ela toda contente bem que ia ter com ele , mas ele nada ...
O tempo foi passando e ela aprendeu a respeitar o espaço dele ,e começaram a dar-se bem .
Quando a Missy foi esterelizada o comportamento do Nicolau mudou, mostrava-se mais interessado / preocupado com ela, cheirava-a muito , chegou mesmo a deitar-se perto dela pasmem-se.
Sempre que lhe fazia o penso e ela resmungava, lá vinha o Nico ver o que se passava.....
Quando o Nico vai ser limpo ou escovado a Missy vai lá controlar e lembe-lo (o que le não acha muita graça , mas ...) E o mesmo acontece ao contrário , quando o Rui escova a Missy o Nico senta-se à porta da casa de banho para ver.
É obvio que brigam na mesma(são cão e gato...) e ela também é uma chata, mas noto que estão muito mais amiguinhos .......
Fidelidade / Preocupação entre eles (animais) - [b]Cumplidade talvez seja melhor [/b]
Moderador: mcerqueira
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Última edição por DoraSeixas em sexta jun 06, 2003 2:56 pm, editado 1 vez no total.
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Olá Paulo , talvez não tenha utilizado os melhores termos .
A expressão de fidelidade, não é em relação a nós, era só para exprimir o meu agrado em relação à complicidade que há entre eles.
Quando digo que são fiéis, é no sentido de que "por muito que se chateiem são sempre amiguinhos", não sei se me estou a fazer entender??
A intenção era que ao lerem as pessoas contassem situações que revelam a [b]cumplicidade [/b] ( talvez esta palavra seja mais correcta ), que existe .
Enfim....[/b]



A expressão de fidelidade, não é em relação a nós, era só para exprimir o meu agrado em relação à complicidade que há entre eles.
Quando digo que são fiéis, é no sentido de que "por muito que se chateiem são sempre amiguinhos", não sei se me estou a fazer entender??
A intenção era que ao lerem as pessoas contassem situações que revelam a [b]cumplicidade [/b] ( talvez esta palavra seja mais correcta ), que existe .
Enfim....[/b]
Este seria dos tais topicos que me passariam ao lado, não fosse um recente acontecimento que presenciei.
Tive o prazer de ser a dona de uma cadela rough-collie chamada Tucha durante quase 14 anos (cadela essa que me iniciou nestas lides e a quem muito devo). Cadela essa que teve uma unica ninhada (a "minha" 1ª) a qual mantive um macho, que hoje conta já com 11 anos (feitos hoje), o Xodo.
Durante uns anos, apenas tive estes dois cães cá em casa, de tal modo que embora nunca fossem grandes companheiros (não partilhavam nada, eram ciumentos, não eram raras as vezes que se pegaram), provaram ser grandes amigos.
Um exemplo entre muitos outros, passou-se à cerca de 6 meses. A tucha, já com alguma debilidade, caiu dentro de uma vala em pleno quintal (vala essa que tinha sido aberta no dia anterior, por causa do esgoto e não tinha ficado devidamente tapada). Caida lá dentro, cerca de metro e meio (talves não tanto) abaixo da superficie, sem poder se mexer Tucha não tinha possibilidade de se escapar. Ora bem, o Xodo ao se deparar com tal situação tentou chamar a nossa atenção fazendo o maior dos alaridos, ladrando e movimentando-se à volta da referida vala. Passados minutos (sinceramente, já ia pronta para brigar com o raio do cão, afinal ladrar aos pulos a meio do quintal) deparei com a velhota em situação aflitiva. De lá saiu Tucha, contente como se nada tivesse acontecido, e Xodo já calmo ignorando-a por completo.
Esta, era uma das situações que não esperava ver cá em casa (sempre fui muito ceptica em relaçao a este tipo de relatos), mas estes bichos sempre conseguem me supreender.
Pois bem, como tudo neste nosso mundo (nosso ?) nada é eterno, nada dura para sempre, tudo tem um fim, mais cedo ou mais tarde.
À pouco mais de um mês a Tucha faleceu. Todos os cães, que conviviam com ela diariamente, que dormiam com ela não reagiram de maneira nenhuma (se reagiram, eu pelo menos não notei). O Xódo, esse sim deu pela falta da sua mãe. Deixou de comer, andou abatido, extremamente nervoso - não foram poucas as vezes que chegava ao meu pé a ganir e a tremer. Confesso que até metia dó ver o cão neste estado. Andou assim durante cerca de 5 dias, até acalmar.
No entanto, como referi no inicio, estes dois cães nunca foram grandes cumplices, mas lá que o Xodo sentiu a falta da Tuxa, isso sentiu
Como estas historias, há muitas (embora "mais fracas"), especialmente em relação de defesa - defender o amigo quando o lobo ataca.
Bom, toca ir para a cama que hoje já escrevi demasiado
Tive o prazer de ser a dona de uma cadela rough-collie chamada Tucha durante quase 14 anos (cadela essa que me iniciou nestas lides e a quem muito devo). Cadela essa que teve uma unica ninhada (a "minha" 1ª) a qual mantive um macho, que hoje conta já com 11 anos (feitos hoje), o Xodo.
Durante uns anos, apenas tive estes dois cães cá em casa, de tal modo que embora nunca fossem grandes companheiros (não partilhavam nada, eram ciumentos, não eram raras as vezes que se pegaram), provaram ser grandes amigos.
Um exemplo entre muitos outros, passou-se à cerca de 6 meses. A tucha, já com alguma debilidade, caiu dentro de uma vala em pleno quintal (vala essa que tinha sido aberta no dia anterior, por causa do esgoto e não tinha ficado devidamente tapada). Caida lá dentro, cerca de metro e meio (talves não tanto) abaixo da superficie, sem poder se mexer Tucha não tinha possibilidade de se escapar. Ora bem, o Xodo ao se deparar com tal situação tentou chamar a nossa atenção fazendo o maior dos alaridos, ladrando e movimentando-se à volta da referida vala. Passados minutos (sinceramente, já ia pronta para brigar com o raio do cão, afinal ladrar aos pulos a meio do quintal) deparei com a velhota em situação aflitiva. De lá saiu Tucha, contente como se nada tivesse acontecido, e Xodo já calmo ignorando-a por completo.
Esta, era uma das situações que não esperava ver cá em casa (sempre fui muito ceptica em relaçao a este tipo de relatos), mas estes bichos sempre conseguem me supreender.
Pois bem, como tudo neste nosso mundo (nosso ?) nada é eterno, nada dura para sempre, tudo tem um fim, mais cedo ou mais tarde.
À pouco mais de um mês a Tucha faleceu. Todos os cães, que conviviam com ela diariamente, que dormiam com ela não reagiram de maneira nenhuma (se reagiram, eu pelo menos não notei). O Xódo, esse sim deu pela falta da sua mãe. Deixou de comer, andou abatido, extremamente nervoso - não foram poucas as vezes que chegava ao meu pé a ganir e a tremer. Confesso que até metia dó ver o cão neste estado. Andou assim durante cerca de 5 dias, até acalmar.
No entanto, como referi no inicio, estes dois cães nunca foram grandes cumplices, mas lá que o Xodo sentiu a falta da Tuxa, isso sentiu
Como estas historias, há muitas (embora "mais fracas"), especialmente em relação de defesa - defender o amigo quando o lobo ataca.
Bom, toca ir para a cama que hoje já escrevi demasiado
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Olá Cindel
Gostei muito da história e está muito bem contada.
Nunca vivi nenhuma situação semelhante mas já ouvi alguns relatos do género. Muitas vezes quem conta acrescenta um ponto, fantasia aqui e ali, mas dá para perceber perfeitamente (sente-se) que aqui a história é contada com toda a objectividade e sobriedade. É daquelas histórias muito tristes e belas que não têm qualquer ponta de lamechismo.
Gostei muito da história e está muito bem contada.
Nunca vivi nenhuma situação semelhante mas já ouvi alguns relatos do género. Muitas vezes quem conta acrescenta um ponto, fantasia aqui e ali, mas dá para perceber perfeitamente (sente-se) que aqui a história é contada com toda a objectividade e sobriedade. É daquelas histórias muito tristes e belas que não têm qualquer ponta de lamechismo.
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Este pequeno paragrafo da Cindel , diz tudo o que eu queria dizer .....CindelP Escreveu: defender o amigo quando o lobo ataca.