Boa tarde a todos,
Gostaria de expor o meu caso. Eu recolhi da rua um gato bebé com coriza. A infecção estava de tal forma avançada que ele perdeu a visão e não há possibilidade de a recuperar. Eu tenho-o na minha casa de banho, porque tenho dois cães em casa. Já o recolhi à 15 dias e ele continua muito assustado, sempre escondido atrás da sanita ou bidé. Se o tento apanhar para o tratar vira-se a mim como se eu fosse um alvo a abater. No entanto, é um gato que ao colo deixa-se tratar. Eu sei que ele está assustado por ser invisual e tudo se torna mais difÃcil, mas sinceramente à s vezes sinto-me desesperada pois não sei o que fazer para que ele me encare como amiga e socialize comigo. Eu nunca tive gatos, já li muita coisa, mas gostava de ouvir uma opinião de alguém que viveu algo semelhante, que tenha um gato cego, que tenha experiência. Já me disseram para ter paciência que ele se adapta, mas o meu receio é fazer tudo errado e nunca se adaptar. E mais ainda, também tenho dois cães para apresentar. Amorosos, mas não deixam de serem cães. Por favor ajudem-me.
Gatinho cego
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bem, eu sou amiga de um gato cego! Adulto, foi recolhido da rua já sem olhos - ninguém sabe se foram perdidos, removidos, se nasceu sem globos oculares. A amiga que cuida dele tem vários outros gatos, a maioria com problemas de saúde e/ou comportamentais; o Boccelli, no entanto, é "só" cego. É o gato mais brincalhão que conheço e até moscas apanha! Mudanças de móveis, obstáculos, não são problema para ele... ouve bem e tem bigodes, basicamente os olhos não lhe fazem muita falta. Eles adaptam-se.
Em relação aos cães, já pode ser mais problemático... um cão sozinho é uma coisa, dois juntos pode dar asneira. Se forem bem educados, pode deixá-los juntos, com vigilância e recolher de novo o gatinho quando não estiver presente. Mesmo bebés, e mesmo ceguetas... os gatos é que mandam, vão haver assanhamentos, bufanços, caudinha eriçada, mas é uma questão de tempo até o seu gatinho ter dois cães guia por sua conta...
Em relação aos cães, já pode ser mais problemático... um cão sozinho é uma coisa, dois juntos pode dar asneira. Se forem bem educados, pode deixá-los juntos, com vigilância e recolher de novo o gatinho quando não estiver presente. Mesmo bebés, e mesmo ceguetas... os gatos é que mandam, vão haver assanhamentos, bufanços, caudinha eriçada, mas é uma questão de tempo até o seu gatinho ter dois cães guia por sua conta...

Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
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Bem-vinda, CeliaB.
Tenho um gato cego, o Andrea. Veio com um mês da rua, com os olhos num estado lastimoso, e já não foi possível que ele recuperasse a visão. A irmã, a Butterfly, teve mais sorte e ficou com os dois olhos bons, apenas com uma pequena mácula num deles.
Mantive-os separados dos outros gatos que tinha até terem seis meses, pois um primeiro teste de FIV ou FElV, já não me recordo, deu positivo, e só poderiam repetir testes com resultados fiáveis aos seis meses. Felizmente, afinal eram negativos. Como a Célia tem cães e não gatos, não terá esse problema.
Pelos muitos tratamentos que lhes fizemos, tínhamos de lhes mexer muito, o que contribuiu para que confiassem em nós e se tenham feito dois gatos muito meigos. O Andrea, então, adora estar ao colo.
O veterinário disse-me que era possível que os outros gatos tratassem mal o Andrea, por o sentirem inferiorizado. Felizmente, nada disso aconteceu, e a socialização foi muito fácil. Já estavam muito habituados ao cheiro uns dos outros, e o Andrea e a Butterfly já só queriam era vir para ao pé dos outros, sendo que estes também estavam curiosíssimos.
O Andrea faz uma vida perfeitamente normal, sobe e desce escadas, apanha moscas, sobe para mesas e cadeiras... enfim, é como se visse e eu até me esqueço de que ele é cego.
Há uns meses, adoptei um cão adulto. Tirando as sopradelas e os «chega pra lá» iniciais, correu tudo bem e não houve mortes -- nem sequer feridos.
Isto para lhe dizer que acho que a primeira coisa é conquistar a confiança do seu gatinho. Pode demorar mais ou menos tempo (não sei qual é a idade dele, se for muito pequenino mais depressa será), mas a chave é, de facto, a paciência e a persistência. Vá-o conquistando com a comidinha. Quando ele estiver a comner, faça-lhe festinhas, depois pegue-lhe ao colo, trate-o e mime-o bastante. Brinque com ele com uma bola ou qualquer brinquedo próprio que tenha um guizo ou algo de semelhante.
Mais tarde, fará a apresentação aos cães. Uma preocupação de cada vez...
Muito boa sorte e vá dando notícias -- se quiser, no subfórum dos gatos. Lá a esperamos.
Tenho um gato cego, o Andrea. Veio com um mês da rua, com os olhos num estado lastimoso, e já não foi possível que ele recuperasse a visão. A irmã, a Butterfly, teve mais sorte e ficou com os dois olhos bons, apenas com uma pequena mácula num deles.
Mantive-os separados dos outros gatos que tinha até terem seis meses, pois um primeiro teste de FIV ou FElV, já não me recordo, deu positivo, e só poderiam repetir testes com resultados fiáveis aos seis meses. Felizmente, afinal eram negativos. Como a Célia tem cães e não gatos, não terá esse problema.
Pelos muitos tratamentos que lhes fizemos, tínhamos de lhes mexer muito, o que contribuiu para que confiassem em nós e se tenham feito dois gatos muito meigos. O Andrea, então, adora estar ao colo.
O veterinário disse-me que era possível que os outros gatos tratassem mal o Andrea, por o sentirem inferiorizado. Felizmente, nada disso aconteceu, e a socialização foi muito fácil. Já estavam muito habituados ao cheiro uns dos outros, e o Andrea e a Butterfly já só queriam era vir para ao pé dos outros, sendo que estes também estavam curiosíssimos.
O Andrea faz uma vida perfeitamente normal, sobe e desce escadas, apanha moscas, sobe para mesas e cadeiras... enfim, é como se visse e eu até me esqueço de que ele é cego.
Há uns meses, adoptei um cão adulto. Tirando as sopradelas e os «chega pra lá» iniciais, correu tudo bem e não houve mortes -- nem sequer feridos.

Isto para lhe dizer que acho que a primeira coisa é conquistar a confiança do seu gatinho. Pode demorar mais ou menos tempo (não sei qual é a idade dele, se for muito pequenino mais depressa será), mas a chave é, de facto, a paciência e a persistência. Vá-o conquistando com a comidinha. Quando ele estiver a comner, faça-lhe festinhas, depois pegue-lhe ao colo, trate-o e mime-o bastante. Brinque com ele com uma bola ou qualquer brinquedo próprio que tenha um guizo ou algo de semelhante.
Mais tarde, fará a apresentação aos cães. Uma preocupação de cada vez...

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«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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- Registado: terça jun 17, 2008 2:46 pm
- Localização: Kikas, Xaninha, Luna, Fofinha e Babsy mais todos os outros q entram e saem em FAT
Novidades do gatuxo? Célia, escreva na parte dos Gatos que tem mais visibilidade.
<p>O ronronar sai de uma válvula de segurança existente no pescoço do gato para atenuar o excesso de satisfação.
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<p>ADAP - Associação de Defesa dos Animais de Portimão <a href="http://animaisdeportimao.blogspot.com">http://animaisdeportimao.blogspot.com</a></p>
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