
Mais informações em:
www.gocrueltyfree.org (possui uma opção que permite saber se uma marca tem o certificado "Leaping Bunny")
www.leapingbunny.org
Perguntas frequentes:
"Os testes de cosméticos em animais não foram já banidos?
Em Fevereiro de 2003, a UE acordou uma interdição, a nível europeu, dos testes de cosméticos em animais. A primeira fase da interdição entrou em vigor em 2009, e a última fase (proibição de venda e “marketing” de novos produtos testados em animais) deverá entrar em vigor em 2013. Contudo, prevêem-se já atrasos de vários anos na implementação desta fase.
O Reino Unido e a Croácia introduziram interdições totais ou parciais, mas os testes em animais de produtos cosméticos vendidos na Europa continuam. Sem a implementação total da interdição da UE, nenhum país europeu está livre de produtos testados em animais. As leis de etiquetagem dos produtos cosméticos são de tal maneira vagas que as companhias podem inscrever nas embalagens afirmações enganosas como “Não testado em animais”, que normalmente se referem apenas aos testes do produto final e não, crucialmente, aos ingredientes.
Não existem restrições aos testes em animais para os cosméticos em muitas partes do mundo, como os EUA e a Ásia. A venda de ingredientes testados em animais utilizados em cosméticos e em produtos de limpeza deverá ser banida em Israel em 2015.
E quanto aos produtos de limpeza?
Tudo, desde o desentupidor de canos ao detergente da loiça, pode actualmente ser testado em animais, com poucas restrições. No Reino Unido, o governo comprometeu-se a implementar uma interdição aos testes em animais para os produtos de limpeza (possivelmente apenas para os produtos finais, não necessariamente os ingredientes). Estamos a trabalhar arduamente no Reino Unido, na Europa e em outros locais para alcançar uma interdição total desta prática cruel. Entretanto, podes comprar produtos certificados pela “Humane Household Products Standard.”
Que tipos de testes são levados a cabo?
Nos cosméticos e nos produtos de limpeza, experiências dolorosas são efectuadas em centenas de milhares de animais, todos os anos, pelo mundo fora, incluindo cães, coelhos, porcos, ratos, ratazanas, porquinhos da Índia, peixes e aves. Isto inclui testes de irritação da pele e dos olhos, testes de alergia da pele, de toxicidade (envenenamento), mutagénese (danos genéticos), teratogénese (defeitos de nascimento), carcinogénese (que causam cancro), danos genéticos embrionários ou fetais e toxicocinéticos (para estudar a absorção, o metabolismo, a distribuição e a excreção de uma substância).
Porque são estes testes efectuados? São requeridos por lei?
Nos EUA e na Europa, os testes em animais de cosméticos e de produtos de limpeza não são especificamente requeridos por lei. Para comercializar um produto, uma companhia deve demonstrara a sua segurança, mas isto pode ser feito utilizando testes aprovados que não envolvem o uso de animais e combinações de ingredientes já existentes, cujo uso seguro em humanos já teha sido estabelecido.
Estima-se que existam mais de 10000 ingredientes cujo uso seguro já tenha sido provado. Cada vez mais companhias “cruelty-free” dizem não aos testes em animais e ainda assim produzem produtos de beleza e de limpeza seguros, efectivos e de alta qualidade.
O que são o “Humane Cosmetics Standard” e o “Humane Household Products Standard”?
Lançados nos anos 90 (do século XX), os padrões “HCS” e “HHPS” definiram os critérios para a certificação com o selo “Leaping Bunny”. Este é o único programa internacional de certificação por terceiros que permite aos consumidores identificar facilmente e adquirir produtos cosméticos, de cuidados pessoais e de limpeza da casa que não foram testados em animais.
Para ser aprovada, uma companhia deve deixar de efectuar ou comissionar testes em animais, e deve definir uma data fixa a partir da qual nenhum dos seus produtos ou os respectivos ingredientes serão testados em animais.
Cada companhia deve estar disponível para uma auditoria independente através da sua cadeia de fornecimento, para assegurar que cumpre a sua política quanto aos testes em animais e os critérios estritos dos padrões “HCS” e “HHPS”.
O “HCS” e o “HHPS” foram desenvolvidos por proeminentes organizações internacionais de protecção animal. No Reino Unido o projecto é gerido pela BUAV, no resto da Europa pelos membros da European Coalition to End Animal Experiments, e nos EUA e no Canadá pela Coalition for Consumer Information on Cosmetics.
Quais as diferenças entre o HCS/HHPS e outras listas ‘cruelty-free’ que se vêem por aí?
Várias redes comerciais e grupos de protecção animal promovem os seus próprios projectos ‘cruelty-free’. Contudo, as companhias por eles aprovadas normalmente não fizeram mais do que emitir um comunicado convincente – e por vezes enganoso – quanto à sua política relativa aos testes em animais.
A certificação “ Leaping Bunny” não tem igual, pois requere de cada companhia que abra os seus processos a auditorias independents através da sua rede de fornecedores, para assegurar que cumpre que cumpre a sua política quanto aos testes em animais e os critérios estritos dos padrões “HCS” e “HHPS”.
Porque existem tantos coelhos diferentes nas embalagens?
Algumas companhias apresentam orgulhosamente ícones de responsabilidade ambiental, ou relacionadas com os animais, nas etiquetas dos seus produtos, tais como globos (representando o planeta Terra), folhas de plantas, coelhos, etc. Pedimos aos consumidores que investiguem o ícone e descubram o que significa exactamente.
Frequentemente, um simples ícone, ou uma simples declaração, actuam como uma ferramenta de “marketing”, sugerindo que a empresa se envolve em práticas responsáveis e compassivas, encorajando, desta forma, os consumidores a sentirem-se confortáveis com o produto que compraram.
Mas a marca “Leaping Bunny” é o único logo que oferece a garantia de que uma companhia cumpre os rigorosos padrões “HCS” e “HHPS” Standards, demonstrando que os seus produtos e respectivos ingredientes não foram testados em animais em nenhuma fase do desenvolvimento e do fabrico.
Enquanto muitas companhias continuam a usar coelhos ou outros ícones “naturais”, para sugerirem que têm uma política relativa aos testes em animais, o mero aparecimento de um coelho na etiqueta de uma embalagem oferece pouca ou nenhuma garantia quanto às políticas ou práticas reais da companhia – a não ser, claro, que seja o “Leaping Bunny”!
Muitas companhias escrevem nas embalagens dos seus produtos “Não testado em animais” ou “Contra os testes em animais” mas não aderem aos padrões “HCS” e “HHPS”. Porque diriam isto se não fosse verdade?
Os padrões “Humane Cosmetics Standard” e “Humane Household Products Standard” surgiram precisamente para fornecer aos consumidores uma garantia, em face do crescente espectro de afirmações relativas aos testes em animais, proferidas pelas companhias. Infelizmente, algumas companhias, reconhecendo a importância, entre os consumidores, deste assunto, tomam a liberdade de utilizar a linguagem que quiserem nas suas embalagens. Isto pode tornar-se confuso.
Afirmações enganosas do tipo ‘não testado em animais’ podem ser verdadeiras no sentido de que o produto acabado não foi testado em animais, podendo esconder, no entanto, o facto de os seus ingredientes o terem sido.
Uma companhia, por si, pode não testar; pode até nem encomendar testes a outras empresas. Contudo, os testes podem ser efectuados pelos seus fornecedores de ingredientes, e uma companhia poderá adquirir ingredientes baseando-se numa política de ‘não perguntar, não responder’, relativa aos testes em animais.
Qual a diferença entre uma data a partir da qual uma empresa já não utilizará ingredientes testados em animais nem testará os seus produtos em animais (“fixed cut-off date”) e uma “regra da suspensão”?
Uma compnhia que adira a uma “fixed cut-off date” (como requerida pelos padrões “Humane Cosmetics Standard” e “Humane Household Products Standard”) não permite que sejam efectuados testes em animais para nenhum dos seus produtos acabados, ingredients ou formulações após uma data definida. A data em particular é determinada por cada companhia e é uma promessa de que “deste dia em diante” (a “fixed cut-off date”) os testes em animais não terão lugar como parte do fabrico dos produtos da companhia. Os produtos e formulações da companhia deverão ser desenvolvidos tendo esta data como referência.
Por contraste, uma companhia que opera uma “regra da suspensão” (como uma regra da suspensão de cinco anos) não utilizará um ingrediente que tenha sido testado em animais dentro do período especificado (cinco anos, por exemplo). Contudo, poderá usar esse mesmo ingredient uma vez expirado o prazo. Acreditamos que as regras da suspensão permite que os testes em animais se perpetuem na indústria, desencorajando o desenvolvimento de métodods de pesquisa alternativos.
Todas as companhias certificadas são vegan?
De forma a promover com sucesso a ampla gama e disponibilidade de produtos não testados em animais, serão inevitavelmente incluídos produtos não-vegan.
Um produto ‘vegan’ não contém produtos animais nem ingredients de origem animal. A afirmação, por parte de uma companhia, de que é vegan não alude às práticas da companhia quanto aos testes em animais. Enquanto muitas companhias que adoptam uma política de não testar em animais também fabricam produtos vegan, as duas questões devem ser analisadas separadamente. Da mesma forma, apenas porque um produto é descrito como ‘natural’ ou ‘biológico’, isto nãpo siginifica que não tenha sido testado em animais.
Presentemente, poucas companhias certificadas oferecem uma gama completamente vegan. Restringindo a certificação apenas a produtos vegan, perpetuaríamos, infelizmente, o mito de que os produtos não testados em animais são uma escolha não realista para o consumidor médio.
Obviamente, sabemos que muitas pessoas procuram produtos vegan e não testados em animais. É por esta razão que damos destaque a companhias aprovadas pela “Vegetarian Society” ou pela “Vegan Society” no nosso Little Book of Cruelty Free. Além disso, podes também refinar a tua pesquisa online de forma a encontrar apenas produtos certificados por estas organizações.
Por que motivo nem todos os produtos aprovados apresentam o logo “Leaping Bunny”?
Quando as companhias são certificadas, normalmente usam “stocks” residuais de embalagens antes de as redesenharem de modo a incluírem o “Leaping Bunny”. Os “stocks” são usados a ritmos diferentes, pelo que se poderá ver, simultaneamente, o “Leaping Bunny” em alguns produtos e noutros não, da mesma companhia. Tentamos encorajar as companhias a usar o “Leaping Bunny” porque sabemos que torna mais fácil a escolha para o consumidor.
Contudo, algumas companhias decidem não o apresentar nas embalagens. Por esta razão, recomendamos que os consumidores utilizem o nosso “website” para obter informação sobre quais as marcas certificadas, lembrando que se uma marca está na nossa lista é porque todos os seus produtos, de marca própria, foram por nós aprovados.
O que é um “Humane Retailer” (comerciante ético)? Todos os comerciantes na lista estão certificados como “Humane Retailers”?
Bem como fabricantes de produtos cosméticos e de limpeza, agora também aprovamos alguns comerciantes que apenas vendem produtos cosméticos e de limpeza certificados pelo “Leaping Bunny”. Por exemplo, enquanto certificamos as mercas privadas de comerciantes como Superdrug e Argos, não os aprovamos como “Humane Retailers” simplesmente porque vendem muitos produtos de marcas que não podemos garantir como ‘cruelty free’. Um “Humane Retailer” ter-se-á comprometido a vender apenas produtos cosméticos e de limpeza certificados pelo “Leaping Bunny”, sendo portanto um ponto de referência para as tuas exigências ‘cruelty-free’."
Traduzido e adaptado de http://www.gocrueltyfree.org/consumer/faqs